Após três meses de investigação, policiais da Delegacia de Itabela, no Extremo-Sul baiano, desarticularam hoje (14) uma quadrilha que falsificava contracheques da Prefeitura local e inseria o nome de pessoas como se fossem servidores públicos na folha de pessoal da Secretaria de Educação do município. Posteriormente, os vigaristas sacavam o dinheiro depositado numa conta bancária pela Prefeitura. A ‘Operação Holerite’ foi deflagrada no começo da manhã, com o apoio do Ministério Público.
Foram cumpridos seis dos nove mandados de prisões temporárias e três mandados de busca e apreensão. Márcia Lúcia Oliveira Santos Brito, de 38 anos, ex-chefe do Setor de Pessoal da Prefeitura de Itabela, foi capturada às 5 horas, em sua residência, onde foram apreendidos dois computadores, uma impressora, carimbos e documentos falsos.
Na sede do Colégio Municipal Augusto Gonçalves Costa, os policiais apreenderam mais dois computadores, uma impressora e uma máquina copiadora, utilizada para falsificar os contracheques. Além de Márcia Lúcia, apontada como a líder da quadrilha, foram presos os falsos funcionários públicos Alessandra Sismandes e Oliveira, Uander de Brito Martins, Alessandra Ferreira dos Santos, Tarcísio Cruz Batista e Josiel Souza Guedes.
Autuados por falsificação de documentos públicos, estelionato e formação de quadrilha, os acusados estão, à disposição da Justiça Criminal. A Polícia está a procura dos outros três integrantes do bando, todos já identificados. Os equipamentos e os documentos apreendidos com os falsários serão encaminhados para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador.
De acordo com a Polícia, o dinheiro desviado dos cofres da Prefeitura era ‘lavado’ numa conta bancária da filha de Márcia Lúcia, de prenome Michelle, ainda não encontrada. Os golpistas subtraíam mensalmente R$ 380,00 dos cofres municipais, repassando R$ 180,00 para a líder da quadrilha. Foram apreendidos com Márcia Lúcia Brito vários comprovantes de depósitos feitos na conta de Michele no valor de R$ 180,00.