Alunos de 102 estabelecimentos da rede de ensino de Salvador e Lauro de Freitas vão participar do Carnaval, desfilando no bloco do programa Escola Aberta que, pela primeira vez, divulgará, na folia, o programa do Governo Federal, responsável por disponibilizar para a comunidade, nos finais de semana, 40 escolas estaduais, 42 municipais da capital e 20 municipais de Lauro de Freitas.

Ao todo, serão 750 alunos, que vão brincar ao som da música percussiva de uma banda formada por integrantes de fanfarras das escolas. O bloco desfilará no sábado (2), às 15h, no Circuito Batatinha, saindo da Escola Mestre Pastinha, no Pelourinho. Na segunda-feira (4), a concentração será no fim de linha do Garcia, a partir das 13h.

Com o objetivo de difundir a cultura de paz e, consequentemente, diminuir a violência, o programa integra os jovens e a comunidade local na escola, por meio de oficinas pedagógicas, culturais e de esporte. O Escola Aberta está presente, hoje, em todo o território nacional, abarcando um universo de quase duas mil escolas. Entre 2005 e 2007, o programa movimentou R$8 milhões no estado. Para este ano, estão previstos R$ 2, 54 milhões.

O programa atinge uma média de 40 mil pessoas a cada mês, contribuindo significativamente para a redução da violência e da depredação do patrimônio escolar. A escola se abre à comunidade e passa a receber em seu espaço, os sujeitos sociais da comunidade, alunos, pais, trabalhadores, donas de casa, crianças de todas as idades e, principalmente, os jovens do lugar, independente de estarem ou não matriculados em qualquer rede de ensino ou unidade escolar.

Até o momento, já foram ofertadas mais de 70 tipos de oficinas no estado, desde culinária, até hip hop, de lebiscuit a karatê. Estudos sobre o impacto do programa revelaram que, nas escolas que oferecem atividades educativas, os jovens se afastam do risco das drogas, do crime e do conflito, permanecendo no ambiente escolar e vivenciando ali um espírito comunitário, de paz e cultura.

O significado da escola, com isso, é resgatado no seio da comunidade, apresentando-se como um equipamento social disponível, democratizado e seguro, o que resulta em uma maior aproximação ou reaproximação dos jovens com a mesma.

As 40 escolas da rede estadual que participam do programa estão distribuídas, em Salvador, nos de Vila Canária, Nova Brasília, Alto de Coutos, Santo Inácio, Lobato, São Marcos, Periperi, São Caetano, Marechal Rondon, Matatu, Paripe, Cajazeiras V e VII, Itapuã, Dique Pequeno, Ogunjá, Cabula, Nordeste de Amaralina, Águas Claras, Boca do Rio, Federação, Mata Escura, Tancredo Neves, Uruguai, Lobato, Mussurunga e São Gonçalo do Retiro. Bairros que apresentam riscos graves de violência para a juventude.