O segmento petroquímico foi um dos grandes agentes para a evolução econômica da Bahia, colaborando para a expansão da participação do setor secundário na economia de 12,4%, no início da década de 1970, para 32,2%, em 2005. Hoje, o cenário mundial exige mudanças para que o segmento continue a se expandir. Este é o foco do debate que vai reunir secretários do Governo do Estado, especialistas e representantes do setor, no seminário de lançamento da revista Bahia, Análise & Dados – Petroquímica na Bahia, terça-feira (15), às 16h, no Hotel Mercure (Rio Vermelho).

O evento é realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, com apoio da Bahiagás. Participam a secretária Eva Maria Chiavon (Casa Civil), os secretários do Planejamento, Ronald Lobato, da Fazenda, Carlos Martins, da Indústria e Comércio, Rafael Amoedo, da Ciência e Tecnologia, Ildes Ferreira, e das Relações Institucionais, Rui Costa. Também vão colaborar Davidson Magalhães, presidente da Bahiagás, José Lima de Andrade Neto, presidente da Petroquisa, Manuel Carnaúba, presidente do Cofic, Victor Fernando Ventin, presidente em exercício da Fieb, e Oswaldo Guerra, doutor em Economia pela Unicamp. Os Especialistas irão discutir as estratégias competitivas do setor, o cenário atual e a questão fiscal. O diretor geral da SEI, Geraldo Reis, fará o lançamento da revista.

“A reestruturação do setor em curso sinaliza a expansão dos mercados da China e do Oriente Médio. Indica também a tendência cada vez maior para fusões, incorporações e parcerias estratégicas entre grandes grupos, ou seja, o setor petroquímico tende a ser cada vez mais uma economia em larga escala”, aponta o diretor da SEI, Geraldo Reis. “No plano nacional, há que se discutir o posicionamento e o papel do Pólo Petroquímico e Camaçari, diante das mudanças que vêm ocorrendo”, adianta Reis.

Revista – A publicação da SEI analisa a situação do setor no Estado, traçando um panorama histórico e as perspectivas futuras, além de lembrar o aniversário de 30 anos do Pólo Petroquímico de Camaçari. A publicação traz uma entrevista com o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, além da contribuição de especialistas do meio acadêmico e do meio empresarial. O presidente da Petroquisa, José Lima de Andrade Neto, colaborou com um artigo sobre a petroquímica baiana no cenário atual e suas perspectivas futuras. Pedro Wongtschowski, presidente do Grupo Ultra, discorre sobre as estratégias competitivas da indústria petroquímica. Érico Oliveira, superintendente de desenvolvimento e comunicação do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), tratou dos desafios do Pólo Petroquímico enquanto vetor do desenvolvimento regional.

O professor de Economia da UFBa, Oswaldo Guerra, escreveu sobre a nova petroquímica brasileira, e o professor Noelio Spinola, da Unifacs, apresenta um panorama histórico da petroquímica no estado. Participaram ainda Graça Druck e Tânia Franco do CRH/ UFBa, que tratam do mundo do trabalho na petroquímica baiana, e o professor Fernando Pedrão, da Unifacs, que escreve sobre as indústrias do petróleo no mundo, colaborando com a análise de um cenário mais amplo.