A partir de fevereiro deste ano, a Baía de Todos os Santos passará a ter a identificação das fontes poluidoras e dos impactos de cada uma delas sobre a atividade de mariscagem e cultivo. Esse trabalho será realizado pela Bahia Pesca, órgão vinculado à Secretaria da Agricultura (Seagri), e faz parte do Programa Estadual de Controle Higiênico Sanitário de Moluscos Bivalves, que inclui ostra e lambreta.

A empresa está fazendo o levantamento sanitário da situação atual da baía frente às atividades extrativistas e de produção de molusco bivalve (com duas conchas). Após essa etapa, classificará as áreas, permitindo a garantia de origem do produto, além do monitoramento.

A pesca na baía, apesar de ser predominantemente artesanal, é uma importante fonte protéica para a população, principalmente a comunidade pesqueira. A mariscagem é uma atividade de subsistência, que abastece o mercado informal, por meio das feiras livres, sem um beneficiamento correto e uma certificação de origem.

O projeto inicia a primeira etapa do Programa Nacional de Controle Higiênico Sanitário de Molusco Bivalve, executado em conjunto pela Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap) e pelos Ministérios da Agricultura e da Saúde.

Com grande importância econômica e histórica, a Baía de Todos os Santos possui aproximadamente 1.052 quilômetros quadrados e 184 quilômetros de costa. Está incluída na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que detém a maior concentração demográfica e industrial do estado, comportando o Centro Industrial de Aratu (CIA), indústrias na bacia do Rio Subaé, o Complexo Petroquímico de Camaçari (Copec), além de unidades da Petrobras (atividades de exploração, refino, armazenamento e transporte de petróleo e derivados) e terminais marítimos.