Órgãos estaduais e ambientais estão reforçando o combate à pesca com bomba na Bahia de Todos os Santos. Trata-se da segunda etapa da Operação Carapeba, realizada na primeira semana de janeiro.
A ação resultou na apreensão de equipamentos, artefatos de pesca e 12 explosivos, além de 90 quilos de peixe, doados pelo Ibama ao Hospital Geral de Itaparica. Com fiscalizações planejadas, os técnicos e agentes atuaram em conjunto utilizando duas lanchas e um helicóptero.
A primeira etapa da operação aconteceu entre os dias 17 e 22 de dezembro, em várias praias que banham a Baía de Todos os Santos. Em algumas campanas, como a realizada em trechos do Rio Paraguaçu, próximo a São Roque e à Ilha de Monte Cristo, foram recolhidas espingardas artesanais, bombas e espoletas, além de canoas, óculos de mergulho e sulambos (espécie de gereré). Os pescadores e mergulhadores foram advertidos, mas não houve detenções.

Monitoramento

Jorge Salomão e Luana Pimentel, técnicos do CRA, informaram que a atuação dos órgãos fiscalizadores tanto na esfera federal (Ibama) como na estadual (CRA) é fundamental para alertar aos pescadores e mergulhadores de que há um monitoramento constante na Baía de Todos os Santos.
Segundo o superintendente do Ibama, Célio Costa Pinto, a operação mostra que há um esforço conjunto voltado para a Baía de Todos os Santos. “A pesca com bomba será coibida com o esforço de todos, porque, além de ilegal, agride a natureza e polui as águas da baía e dos rios do seu entorno”, afirmou.
A ação conjunta não só deve ser feita na repressão direta aos bombistas, mas também em ações de educação ambiental, além de criação de alternativas socioeconômicas aos pescadores e marisqueiras da Baía de Todos os Santos.
A Operação Carapeba é realizada em conjunto pelo Centro de Recursos Ambientais (CRA), via Coordenação de Fiscalização Ambiental e Atendimento de Emergência (Cofisa), Ibama, a Polícia Civil, a Companhia de Polícia de Proteção Ambiental (Coppa) e a Capitania dos Portos.