Sistema estadual de transplantes marcará presença no Carnaval

“Doe órgãos, doe vida”. Com este slogan, a Secretaria da Saúde do Estado, através do Sistema Estadual de Transplantes, está levando aos foliões, durante o carnaval, informações sobre a importância da doação de órgãos. O objetivo é incentivar as doações e, conseqüentemente, ampliar o número de cirurgias de transplante no estado.

O trabalho, que prevê a distribuição de mais de 100 mil folderes, foi viabilizado a partir de parcerias firmadas entre a Sesab, Central do Carnaval, Emtursa e Associação dos Trios Elétricos, começou hoje (30), na Central do Carnaval (Centro de Convenções da Bahia), onde até sábado, durante a distribuição dos abadás, os foliões receberão folhetos com informações práticas sobre doação e transplante de órgãos.

Além de serem incluídos nos kits com os abadás, os folhetos serão disponibilizados nos postos de saúde instalados nos dois circuitos da folia – Campo Grande e Barra/Ondina –, e em locais de grande fluxo de pessoas, como as áreas de embarque e desembarque do Aeroporto e da Estação Rodoviária, Estação da Lapa e Terminal de São Joaquim.

A campanha de incentivo à doação de órgãos também terá espaço durante os três desfiles do Bloco da Camisinha – quinta-feira, sábado e segunda-feira-, oportunidades em que serão distribuídos os materiais educativos e fixadas faixas no trio elétrico do bloco.

Na Bahia, existem atualmente cerca de 3.900 pacientes em lista de espera para transplante. Conforme o médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplante, da Sesab, esse número representa menos de dois doadores de órgãos por milhão de habitantes, quando o ideal seria 50 doadores por milhão.

Outro problema apontado pelo coordenador da Coset é a negativa dos familiares dos potenciais doadores, que na Bahia é dobro da maioria dos outros estados brasileiros. De acordo com dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), no primeiro semestre do ano passado, o Brasil teve uma media de 5,4 doadores por milhão de habitantes, índice menor que o apontado em 2004 (7,6), 2005 (6,4) e 2006 (5,8).