Agentes da Polícia Civil, comandados pelo delegado Moisés Damasceno, coordenador da 6ª Coorpin, com sede em Itabuna, prenderam, na madrugada de hoje (4), em Vitória da Conquista, o comerciante Carlos Fernando de Jesus Luna, acusado de mandar matar a dona-de-casa Sônia Almeida dos Santos, 35 anos, queimada com ácido muriático, no dia 2 de agosto de 2007, quando transitava pela Avenida Beira Rio, centro de Itabuna.
Sônia morreu na madrugada de 16 de novembro passado, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, três meses depois de ter sido atacada pelos criminosos. O caso teve, na época, ampla repercussão na região sul da Bahia.
Um dos acusados de jogar o ácido, o segurança Waldson Martins dos Santos, conhecido como “Paulista”, 35 anos, está preso no presídio de Itabuna. Em depoimento à delegada Ivete Oliveira, da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, admitiu que recebeu R$ 250,00 para fazer o ‘serviço’.
Na primeira vez em que foi preso, um mês após cometer o crime, “Paulista” afirmou que foi contratado pelo comerciante Paulo Roberto Ribeiro da Graça. Este, ao ser localizado pelos policiais, acusou Carlos Fernando, irmão do ex-vereador Paulo Luna.
Carlos Fernando teria mandado jogar o ácido em Sônia depois que ela rejeitou manter uma relação amorosa com ele. O motoboy Edinoílson Magalhães da Silva, 23 anos, e o impressor Roberto Ribeiro de Oliveira, 30, presos no bairro São Caetano, acusados de participar da tentativa de homicídio seguida de morte, continuam no xadrez.
A vítima, casada e com filhos pequenos, foi perseguida e atacada dias após avisar a Fernando Luna que não iria trair o marido. O acusado de encomendar o crime permaneceu foragido por cinco meses.
Ácido muriático é nome comercial da solução aquosa impura de gás clorídrico (HCl) utilizado na metalurgia para a eliminação da oxidação em superfícies metálicas (decapagem) e também na limpeza de paredes prediais.