O primeiro dos 20 módulos prisionais móveis adquiridos no Espírito Santo pelo Governo do Estado, por intermédio da Secretaria da Segurança Pública, para custodiar provisoriamente presos durante o Carnaval, chega a Salvador ainda esta semana.

Com 12 metros de comprimento por 2,40 metros de altura e 2,40 metros de largura, os módulos celulares abrigam 14 pessoas em sete beliches. Sua área de circulação é de 5 metros quadrados e, além das 14 camas, dispõem de banheiro com chuveiro elétrico, pia, filtro com água gelada, vaso sanitário, lixeira, cortinas e duas pequenas mesas acompanhadas de dois bancos metálicos para que os internos possam ler e escrever. Têm ainda (por módulo) 17 janelas e oito pontos de iluminação, sem falar no teto, com isolamento termoacústico, para proteger dos efeitos provocados pelo sol.

Cada cela modular tem um custo de R$ 64,5 mil e os recursos financeiros alocados para que se efetuasse a aquisição são procedentes do Feaspol – Fundo Especial de Aperfeiçoamento dos Serviços Policiais, segundo revelou o secretário da Segurança Pública, Paulo Bezerra, acrescentando estar analisando o local onde estes equipamentos deverão ser instalados.

“Fazendo-se uma comparação com as celas tradicionais, os módulos prisionais móveis conferem aos presos não só um tratamento humanitário, respeitoso e digno, como também lhes oferecem uma maior comodidade e mais condições higiênicas”, afirmou André Fernandes Britto, diretor-geral da Secretaria da Segurança Pública.

Britto garante que esta experiência “é vitoriosa em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo” e que as celas metálicas “são a melhor opção, a curto prazo, em caráter de urgência e a baixo custo, para resolver uma situação emergencial do excesso de presos nas delegacias de Polícia”. Os módulos são, no entendimento dele, também mais seguros, “pois quase não há contato entre o agente e o preso, uma vez que a abertura e o fechamento das celas acontecem eletronicamente”.

Alguns presídios brasileiros, diante de sua eficiência e utilidade, chegam a usar essas unidades metálicas (devidamente adaptadas) como ambulatórios e alojamentos de policiais e guardas penitenciários e para busca pessoal (revista) e setor administrativo.