O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) selecionou, em dezembro de 2007, quatro projetos desenvolvidos por professores da Universidade do Estado da Bahia, nas áreas de gestão pública, desenvolvimento urbano, botânica, e preservação ambiental.

Cada um receberá em torno de R$ 20 mil para o custeio da pesquisa e implantação de laboratórios e infra-estrutura de apoio ao seu desenvolvimento. Os autores das pesquisas são os professores Antonio Augusto Martins, João Luiz Coimbra, Francisco Hilder e Marcos Malta dos Santos.

Os projetos concorreram, por meio do Edital Universal, com iniciativas de universidades e institutos de pesquisa de todo o país. No total, o edital concedeu financiamento de R$100 milhões a aproximadamente quatro mil projetos em diversas áreas do conhecimento, como inclusão social, desenvolvimento sustentável, preservação cultural e ambiental, tecnologia e inovação, entre outras.

Interiorização de projetos

A subgerente de pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Idália Lena, afirma que um dos aspectos favoráveis à universidade na aprovação dos recentes editais de financiamento é a interiorização das suas pesquisas. “Atualmente as agências de fomento têm destacado projetos com foco no desenvolvimento social do interior, e faz parte da missão da Uneb levar conhecimento a pontos que realmente precisam”.

As pesquisas selecionadas atuam em diferentes cidades do interior do estado, como Miguel Calmon, Luis Eduardo Magalhães, Maracás, Barrocas, Pintadas e ainda municípios da Linha Verde. Em Miguel Calmon, a iniciativa do professor Francisco Hilder, do Campus VII, pretende analisar e caracterizar, morfologicamente, o grão de pólen de diferentes espécies do Parque Estadual de Sete Passagens. O objetivo é identificar e preservar as plantas que apresentem melhor potencial para a apicultura, atividade econômica de destaque na região.

Segundo Hilder, com o estudo, será possível atestar a procedência do mel baiano, que tem grande aceitação em mercados internacionais. “Este projeto permitirá agregar um grande valor ao mel produzido na região, pois especifica suas características. Isto poderá consolidar a produção econômica regional”, prevê.

Outro projeto voltado para o desenvolvimento regional é a pesquisa desenvolvida pelo Grupo Territórios, do Colegiado de Urbanismo, do Campus I, coordenado por Antonio Ângelo Martins, que pretende realizar um estudo e acompanhamento da gestão e políticas públicas de diversos municípios do oeste baiano.

O objetivo é avaliar o que está sendo feito de bom ou não em cada município e propor soluções adequadas à realidade local nas áreas de infra-estrutura, serviços, inclusão social e desenvolvimento econômico. O projeto beneficiará em torno de 80 mil pessoas da população local, a universidade e o seu curso de Urbanismo.