"É preciso assegurar melhores equipamentos de som e maior visibilidade para os blocos de matriz africana e para os artistas independentes", defende o secretário de Cultura do Estado, Marcio Meirelles. Para ele, os blocos afro, de samba, afoxés, reggae e de índio, que fizeram belos desfiles esse ano, são responsáveis pela grande riqueza cultural do Carnaval baiano, fortalecendo o turismo cultural e étnico.

De acordo com Meirelles, "os blocos de matriz africana resistem à massificação com a força de sua identidade e trazem uma enorme beleza para a festa". Já os artistas independentes, que tocam em trios sem cordas e em palcos nos bairros, observa, garantem "o espaço democrático de brincadeira para o folião pipoca e a alegria nos bairros, mantendo a tradição imortalizada por Dodô e Osmar".

"Para romper com esse modelo que já vigora há um tempo, em que a festa-negócio se sobrepõe ao carnaval de participação popular e à diversidade cultural e musical, é preciso interferir na ordem dos desfiles, alternando a passagem dos blocos de estrelas famosas da Axé Music com os afro, de samba, afoxés, reggae, de índios e com os trios sem corda, que hoje, na verdade, são os mais tranqüilos e democráticos para brincar", defende o secretário.