O comércio varejista baiano encerrou 2007 acumulando crescimento de 10% nas vendas em relação a 2006. Este foi o desempenho mais significativo desde 2001, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ampliou a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC). Em dezembro, a expansão foi de 8,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 1,2% em comparação com novembro.

Segundo técnicos da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), o aumento do emprego formal no estado e da renda do trabalhador, a expansão do crédito e da elasticidade dos prazos contribuíram para o bom resultado do comércio no ano. Em janeiro de 2007, a taxa Selic situava-se em 13,00% e, com as seguidas reduções, atingiu 11,25% em setembro, encerrando o ano nesse patamar, o mais baixo da história, fato que contribuiu para o bom desempenho das vendas, conforme avalia Maria de Lourdes Caires, analista da SEI.

Os itens artigos de uso pessoal e doméstico foram os que mais incrementaram as vendas no ano (26,7%), seguidos de veículos e peças (21%), livros, jornais, revistas e papelaria e tecidos, vestuário e calçados, ambos com 19,4% de incremento, e móveis e eletrodomésticos (18,3%). Já equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação tiveram queda nas vendas em todos os meses de 2007, acumulando -2,0% no ano.

Em dezembro, à exceção do segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, que reduziu as vendas em 5,7%, os demais ramos de atividade expandiram. Os maiores incrementos foram de artigos de uso pessoal e doméstico (27,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (20,3%), móveis e eletrodomésticos (19,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (14,7%) e tecidos, vestuário e calçados (12,6%).

Também tiveram incremento nas vendas em dezembro, mas com índices menos expressivos, os combustíveis e lubrificantes (3,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,1%). No subgrupo de hipermercados e supermercados a variação foi de 1,9%.