O Observatório Virtual, uma das novidades da décima terceira montagem do Núcleo de Teatro do Teatro Castro Alves, já pode ser acessado por qualquer pessoa pelo site http://observatorio.tca.ba.gov.br para acompanhar a montagem da peça “Policarpo Quaresma”, uma adaptação do clássico romance de Lima Barreto “O triste fim de Policarpo Quaresma” (1915), com direção de Luiz Marfuz.

O projeto é o vencedor do Edital de Montagem, lançado, no ano passado, Fundação Cultural e TCA, vinculados à pela Secretaria de Cultura do Estado. O diretor do TCA, Moacyr Gramacho, explica que, pela primeira vez, o público poderá conhecer, acompanhar e interagir junto à equipe e os demais participantes do processo de montagem de um espetáculo do Núcleo, ampliando o alcance e a legitimidade de uma ação proposta pelo Estado na área da cultura.

Navegando pelo Observatório, os interessados terão uma variedade de links, como agenda, notícias, fotos, vídeos, fórum, cadastre-se e fale conosco. O desenvolvimento das oficinas, debates, ensaios, concepção de cenários, figurinos, iluminação e sonoplastia estarão no suporte eletrônico, como forma de envolver o público com o espetáculo, mesmo antes da estréia prevista para o final deste semestre, na Sala do Coro do TCA.

Herói trágico

O escritor Afonso Henrique de Lima Barreto (1881-1922), natural do Rio de Janeiro, lançou o romance “O triste fim de Policarpo Quaresma”, em 1915, no Pré-Modernismo. Com uma visão crítica e linguagem simples, deu a sua contribuição para a Literatura Brasileira. O livro narra os anos conturbados da primeira República, com movimentos militares, revoltas e violentas perseguições.

O personagem central, o major reformado Policarpo Quaresma, é um patriota extremado, nacionalista que sonha com um Brasil grandioso. É um herói trágico que, às custas da própria vida, descobre a realidade do seu país. A obra de Lima Barreto foi levada ao cinema em 1998, pelo diretor Paulo Thiago, com o filme “Policarpo Quaresma – Herói do Brasil”, tendo os atores Paulo José e Giulia Gam nos principais papéis.

A realização é do TCA.Núcleo, em parceria com a Fundação Cultural e o Governo da Bahia, por meio do Fundo de Cultura, e tem o apoio da Funarte e da Prodeb.