Cerca de 100 lideranças indígenas do estado se reuniram nesta terça-feira (12), no auditório da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), para elaborar um documento denunciando a má prestação dos serviços de saúde aos índios, especialmente mulheres e crianças das aldeias, que será apresentado, amanhã, aos representantes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

As lideranças se queixaram da falta de capacidade dos profissionais de saúde que são enviados para as tribos, do alto índice de mortalidade de crianças por doenças, como febre amarela e desidratação, da escassez de recursos para as famílias carentes, além da ausência de uma ação eficaz de controle da natalidade e de vacinação de jovens e adultos.

Segundo Jerry Matalawe, coordenador de Políticas Públicas para os Povos Indígenas da SJCDH, a situação da saúde dos índios precisa ser revista. “É importante atentar para a qualidade profissional das pessoas que são enviados para as comunidades indígenas”, enfatiza, destacando também a necessidade de se propor aos governantes ações de incentivo ao cumprimento dos direitos e deveres dos índios que vivem no estado.