Com um crescimento de 44,7% (o dobro do alcançado pelo Brasil), as exportações baianas atingiram US$ 734 milhões em janeiro deste ano, influenciadas pelo aumento dos embarques de derivados de petróleo. No mês, o saldo da balança (diferença entre as exportações e as importações) cresceu 106%, atingindo US$ 233,3 milhões, e a corrente de comércio (soma das exportações e importações) chegou a US$ 1,2 bilhão (37% a mais que em janeiro do ano passado). O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (13) pelo Promo – Centro Internacional de Negócios da Bahia, da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração.

O superintendente do Promo, Ricardo Saback, disse acreditar que esse resultado vem demonstrar que as empresas exportadoras baianas continuam consolidando posições no mercado externo, “independentemente da valorização cambial, que vem se acentuando”.

Para ele, o bom desempenho das exportações frente a igual mês de 2007 decorreu principalmente da expansão do volume total embarcado de 47,7%, principalmente de derivados de petróleo (289,3%) e dos produtos metalúrgicos (138%). Juntos, esses setores foram responsáveis por 78% do incremento verificado nas receitas de exportação do mês.

As estatísticas do Promo revelam que, além desses produtos, contribuíram para o bom desempenho as vendas de papel e celulose (aumento de 55,5%), pneus (137%), calçados (101%), frutas (52%) e sisal (83%), dentre os mais expressivos.
Dos principais produtos exportados, destacam-se óleo combustível, celulose, catodos de ferro, automóveis, ouro em barra, fios, benzeno, pneus e manteiga de cacau. Os maiores mercados compradores foram os Estados Unidos (29% de participação), Países Baixos (9%), China (8,8%) e Argentina (8,5%).

Importações

Segundo o Promo, as importações baianas também cresceram em janeiro, mas com menor vigor que as exportações, alcançando US$ 500,8 milhões (uma alta de 27,1% em relação a janeiro do ano passado).
Em comparação com o mesmo mês de 2007, as importações registraram crescimento em todas as categorias de produtos, com exceção dos bens de capital, que decresceram 30,3%.

As categorias que mais cresceram em compras foram as de combustíveis e lubrificantes (alta de 212%) e de bens de consumo duráveis (108%), favorecidas pela desvalorização do dólar.

As compras de matérias-primas e insumos cresceram 24,2% no mês de janeiro e predominam na composição das importações baianas, com 66,7% do total. Os técnicos do Promo informaram que o câmbio favorável está levando os importadores a intensificar as operações de drawback (operação que permite importar matéria-prima com imposto mais baixo para fabricar um produto manufaturado com destino à exportação).

De acordo com as estatísticas, os principais produtos importados em janeiro foram nafta (com US$ 92,5 milhões e mais de 275% de incremento) e minério de cobre (US$ 70,7 milhões), além de óleo diesel, automóveis, trigo e cacau.

As importações, que foram lideradas por insumos, tiveram o Chile e a Argentina como principais fornecedores de produtos para a Bahia, com 16% e 12% de participação, respectivamente. Depois vieram a Índia, principal fornecedora de derivados de petróleo no mês, e os Estados Unidos.