Brasil vai estimar prevalência de HIV com mais precisão

Possuir um instrumento que possa estimar a prevalência do HIV no Brasil, através do método estatístico/quantitativo com a utilização de dados científicos para que os resultados cheguem mais próximos do real, é a proposta do Training Workshop on Methods for HIV/AIDS Estimates and Projections, que teve início ontem (18), e encerra amanhã (20), das 8h30min às 17h30min, no hotel Blue Tree Towers, no Rio Vermelho. O treinamento é uma parceria do Ministério da Saúde com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e AIDS (Unaids) no Brasil.

O evento conta com a presença de especialistas em epidemiologia, técnicos em saúde pública e estatísticos de todas as regiões do Brasil. “Já treinamos vários países, agora é a vez do Brasil. Ao fim deste seminário, pretendemos estimar a prevalência do HIV no Brasil de forma mais precisa”, informou Pedro Chequer, representante do Unaids no País. Ele acredita que os números de prevalência que serão encontrados depois do curso não serão muito diferentes dos já trabalhados. Segundo os dados, atualmente o Brasil tem um universo de 600 mil infectados. 

O secretário da Saúde, Jorge Solla, discutiu com Pedro Chequer a assinatura de um acordo de cooperação técnica e financeira para ações na área. A Bahia, segundo Chequer, foi escolhida pelo Unaids como área geográfica estratégica para receber apoio técnico e financeiro da entidade. “Muito em breve estaremos de volta a Salvador para formalizarmos esse termo de cooperação técnica e apoio financeiro, acredito que ainda este ano”, disse.

 Segundo o representante da Unaids, a Bahia tem se destacado pelas ações locais de prevenção às DST/AIDS, principalmente pelos investimentos feitos para a interiorização do programa. "A Bahia está entre os estados que mais avançaram na disponibilidade de recursos para a prevenção de DST/AIDS”, referindo-se à ampliação para R$ 900 mil dos recursos destinados ao programa. Para ele, isso demonstra a preocupação do governo com a questão. Pedro Chequer destacou que o processo de regionalização e fortalecimento institucional pela capacitação de equipes para áreas estratégicas vai refletir positivamente no controle da AIDS.