Gestão integrada das polícias Civil, Militar e Departamento de Polícia Técnica (DPT), qualificação profissional e aproximação com a comunidade. Estas são as principais diretrizes do Governo do Estado, destacadas, hoje (21), pelo novo secretário da Segurança Pública, Antonio César Nunes. Durante o encontro com a imprensa, na sede da SSP, no Centro Administrativo, Nunes – que apresentou o novo delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo – frisou que o combate à violência é uma preocupação generalizada dos gestores estaduais, do Governo Federal e até de outros países.
César Nunes foi empossado pelo governador Jaques Wagner, no início da tarde, em solenidade na governadoria, com a presença de autoridades ligadas à área de segurança pública. Durante o evento, o governador pontuou a formação de uma polícia cidadã com a participação da comunidade, além da valorização do trabalho realizado pelos policiais civis e militares baianos.

O novo secretário disse que dará continuidade ao trabalho iniciado pelo governo baiano em janeiro de 2007, com o intensivo enfrentamento da violência, utilizando a inteligência policial, a investigação e a capacitação de profissionais. Segundo ele, este ano, a Bahia receberá recursos da ordem de R$ 1,4 milhão do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) para implementação de diversos projetos e aquisição de equipamentos.

Além da redução do número de homicídios – considerado ponto crucial da política de segurança do governo – o secretário apontou a integração das polícias como um dos principais desafios da gestão. “Conhecemos a força e a importância da PM, da Polícia Civil e não podemos deixar essas duas instituições trabalharem de forma isolada. Essas vertentes unidas vão produzir resultados muito positivos”, avalia.

Mais policiais nas ruas

César Nunes defendeu a utilização de um maior número de policiais militares nas ruas e ressaltou a convocação de 4.400 pms (1.200 aposentados, para atuar na área administrativa e 3.200 aprovados no último concurso), 88 delegados e policiais civis aprovados em concurso.

Para o secretário, o aumento do número de homicídios em 2007 está diretamente relacionado à queda do efetivo policial acumulado nos últimos 10 anos. “Já tivemos 33 mil policiais à disposição em anos anteriores e hoje são apenas 27 mil. Vamos corrigir essas distorções, colocar mais policiais nas ruas e aproximá-los da comunidade”.

Outro ponto destacado por Nunes é a motivação dos policiais com aspectos como a melhoria salarial e o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos profissionais. Para o secretário, os policiais precisam voltar a ter orgulho da instituição a qual pertencem.

Com 39 anos de serviço na SSP, o novo delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo também destacou a importância da utilização da inteligência policial e ratificou a preocupação das autoridades com a redução dos índices de homicídios. “Precisamos nos relacionar bem com a comunidade que é uma importante fonte de troca de informações e sugestões para o planejamento da segurança”.

Superlotação nas delegacias

Ao abordar problemas como a superlotação nas delegacias baianas, o novo secretário informou que o Governo do Estado já está adotando diversas providências. “Esta é uma das principais preocupações do governador Jaques Wagner que já viabilizou a construção de dois presídios em Salvador para a remoção dos presos que hoje habitam as celas das unidades policiais”, pontua.