O nível de emprego com carteira assinada na Bahia apresentou expansão de 0,22% em janeiro, o que representa um saldo positivo de 2.714 novos postos no mercado de trabalho formal. No conjunto do país o incremento foi de 0,49%. O resultado coloca a Bahia na liderança de geração de empregos no conjunto da região Nordeste, onde houve uma queda 0,17% do nível de emprego formal. O segundo estado nordestino em criação de vagas foi o Maranhão, com 554 postos de trabalho.

As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado.

“O crescimento do emprego na Bahia foi bastante expressiva no contexto regional, já que para o conjunto da região Nordeste o resultado foi em sentido contrário, ou seja, ocorreu contração de 0,17% do nível de emprego formal, com a eliminação de 7.013 postos de trabalho”, diz o diretor de Pesquisas da SEI, José Ribeiro Soares Guimarães.

Quatro dos nove estados nordestinos apresentaram perdas de postos de trabalho com carteira assinada em janeiro, incluindo Pernambuco (-2.677 empregos e contração de -0,31%) e Ceará (-4.905 vagas e redução de -0,71%), duas das principais economias da região. O resultado desfavorável do Nordeste foi bastante influenciado pelos fatores sazonais negativos vinculados ao final do ciclo da cana-de-açúcar.

Em termos espaciais, a criação do emprego formal no primeiro mês do ano de 2007 foi bastante concentrada. O interior do estado foi responsável pela quase totalidade dos postos de trabalho (2.647 vagas) enquanto que a Região Metropolitana de Salvador (RMS) respondeu pela criação de apenas 67 vagas.

Entre os setores de atividade econômica, o destaque ficou por conta da construção civil com a abertura de 1.564 vagas, seguida pela indústria de transformação (691 empregos) e pela agropecuária (673 vagas).