Em janeiro, a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) apurou a menor taxa de desemprego para a Região Metropolitana de Salvador (RMS) desde que a pesquisa foi criada, em 1996. “Contrariando a tendência esperada para o primeiro mês do ano, quando a taxa fica estável ou apresenta alguma elevação, este ano, a taxa caiu para 19,8%, levemente menor do que a taxa de fevereiro de 1997 (19,9%), que até então era a menor já registrada”, diz Vânia Moreira, Coordenadora da PED pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento.

Na comparação com outras regiões do país, a de Salvador teve a maior queda da taxa de desemprego em janeiro(-2,5%). “Estamos mais próximos de deixar de liderar o desemprego entre as regiões metropolitanas pesquisadas pelo Sistema PED. Salvador e região já estiveram sete pontos percentuais acima de Recife, o segundo colocado. Hoje, a diferença é de 1,6 ponto percentual”, diz Vânia Moreira. Segundo os técnicos da PED, a conjuntura nacional tem grande peso entre os fatores que influenciam a queda do desemprego.

A PED/RMS também registrou a maior elevação da ocupação entre as regiões, com a criação de 19 mil novos postos, e o segundo maior aumento dos rendimentos, que cresceram 2,4% para os ocupados e 3,7% para os assalariados.

Para a economista da SEI, a construção civil teve participação significativa na criação desses postos. O segmento que mais gerou postos foi o grupo Outros setores, que inclui serviços domésticos, construção civil e outras atividades, com 10 mil postos, sendo que houve corte de 2 mil vagas entre os trabalhadores domésticos, sendo portanto significativo o número de empregos que a construção gerou no mês. Os serviços foram responsáveis por mais 5 mil vagas abertas, a indústria, mais 3 mil, e o comércio criou cerca de mil.

104 mil vagas a mais

Em comparação com janeiro de 2007, foram criados na Região Metropolitana de Salvador cerca de 104 mil novos postos de trabalho. O resultado é uma redução de 10,4% na taxa geral de desemprego em um ano. São menos 25 mil pessoas sem trabalho. O setor de serviços foi responsável por 37 mil vagas (4,4%), o agregado Outros setores, gerou 29 mil (14,1%); o comércio teve expansão de 20 mil ocupações (8,8%); e a indústria, de 18 mil (14,8%). A renda também apresentou crescimento nesse período: 4,5% e 4,6% para ocupados e assalariados, respectivamente.