Três fábricas de beneficiamento de castanha de caju serão inauguradas nesta sexta-feira (14) pelo Governo do Estado. As unidades, localizadas em Banzaê, Olindina e no município-sede do evento, Cícero Dantas, vão beneficiar cerca de três mil produtores familiares baianos. Elas têm capacidade de processar aproximadamente três toneladas de castanhas por dia. Com o beneficiamento, estima-se que o produtor tenha um incremento de renda de 30% a 50%.

O governador Jaques Wagner, acompanhado do secretário da Agricultura, Geraldo Simões, anunciará as ações de incentivo à cajucultura no início da tarde, em Lagoa Vermelha, quilômetro 30 da BR-110, em Cícero Dantas. Dentre as ações, estão a ampliação do serviço de assistência técnica e a distribuição, neste ano, de 100 mil mudas do cajueiro-anão (espécie com alto nível de produtividade), bem como a articulação da comercialização da produção.

“Através da produção e distribuição de mudas e da realização de campanhas de incentivo e beneficiamento, vamos desenvolver o cultivo de caju junto aos agricultores familiares e suas organizações, valorizando o produto e melhorando a renda da família”, declarou o superintendente da Agricultura Familiar da Seagri, Ailton Florêncio.

O quilo da castanha in natura é vendido pelo agricultor familiar por R$ 0,80 a R$ 1. Processadas pela fábrica, o preço aumenta de 30% a 50%. A iniciativa faz parte do programa amplo da Seagri de diversificação e verticalização da produção, o Sertão Produtivo. Suas ações de incentivo à fruticultura têm por meta o benefício de 15 mil famílias.

A produção baiana de caju situa-se em torno de 20 mil toneladas anuais, sendo que 90% está concentrada na região Nordeste do estado. Os municípios de Jeremoabo, Ribeira do Pombal e Alagoinhas despontam como importantes áreas produtoras de castanha de caju, com produção anual de mil, 8 mil e 2,5 mil toneladas, respectivamente.

A produção do cajueiro comum ainda é pouco expressiva, dispersa em áreas que podem ser projetadas em 70 mil hectares, considerando-se um rendimento médio de 200 quilos por hectare. O caju-anão é uma boa alternativa para aumento da produtividade, podendo chegar a mil quilos em regime de monocultivo. Em regime florestal, sem sombreamento, chega a 500 quilos por hectare.