Moradores de encostas e outras áreas de risco estão recebendo material educativo com orientações sobre como evitar acidentes no período de chuva. Este é o segundo ano consecutivo que a Coordenação Estadual de Defesa Civil (Cordec), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), distribui as cartilhas “Operação Chuva”.

Foram impressos, no ano passado, 100 mil exemplares para orientar a população sobre medidas de prevenção. O órgão ainda dispõe do material e retomou a distribuição, nesta quarta-feira (19), durante encerramento da II Conferência Estadual de Meio Ambiente, em Salvador, contemplando representantes de 176 municípios.

A distribuição é feita por técnicos da Cordec, mas o interessado em solicitar o material deve entrar em contato pelo telefone (71) 3115-4228. Com uma linguagem simples e bem ilustrada, a cartilha alerta sobre o perigo de se jogar lixo nos córregos, manda evitar o plantio de árvores em barrancos e a construção inadequada de fossas. Todos esses fatores, aliados ao mau tempo, aumentam as possibilidades de deslizamentos de terra, inundações e desabamentos.

Para o coordenador estadual de Defesa Civil, Antônio Rodrigues, a participação da comunidade é decisiva para amenizar as conseqüências das fortes chuvas que, em Salvador, por exemplo, são registradas com mais freqüência entre os meses de dezembro e maio. “De maneira muito simples, as pessoas podem se proteger. É preciso compreender que nossos comportamentos e atitudes podem eliminar muitos riscos”, afirma Rodrigues, lembrando do temporal ocorrido no dia 28 deste mês, quando 400 moradores do bairro Paripe ficaram desabrigados.

Em quatro horas, choveu o previsto para todo o mês de fevereiro, o que levou o estado e o município a formarem uma equipe conjunta para atendimento às situações de emergência. Deslizamentos de terra e alagamento de canais foram as ocorrências mais registradas.

Também fazem parte das ações da Cordec, a capacitação e estruturação de Comissões Municipais de Defesa Civil (Comdecs), mobilização das comunidades para a criação de núcleos de defesa civil nos bairros, e parcerias com outros órgãos do poder público a exemplo da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).

“Queremos mudar o conceito equivocado de que a atuação da Defesa Civil é resumida na assistência emergencial nos casos de desastre. O trabalho inclui ações de educação, saúde e infra-estrutura, por exemplo”, enfatiza Antônio Rodrigues.