Com o refrão, “Esporte é vida, é educação para as crianças que querem ser cidadãos”, crianças e adolescentes do coral da Fundação de Amparo ao Menor de Feira de Santana sintetizaram o principal objetivo do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. A apresentação foi no anfiteatro do Parque da Cidade, em Salvador, durante o lançamento das ações do programa para 2008 na Bahia, que teve a participação de mais de mil jovens, coordenadores e monitores, além da presença do governador Jaques Wagner e do secretário nacional do Esporte Educacional, Júlio Filgueiras.

Em 2008, 60 mil jovens de 130 municípios baianos vão ser atendidos pelo programa desenvolvido em parceria com a Secretaria Estadual do Trabalho, Renda, Emprego e Esporte, num investimento anual de R$ 10,6 milhões. Os estudantes recebem fardamento, material esportivo e reforço alimentar em três dias da semana nos locais onde são desenvolvidas as atividades esportivas e de lazer, como centros sociais urbanos, associações de bairro, entidades assistenciais religiosas, escolas, universidades, ligas desportivas e comunidades indígenas.

Éberto de Souza, 11 anos, pratica capoeira e futebol na Associação Beneficente Defesa e Progresso da Fazenda Grande do Retiro e diz que acha o projeto interessante porque oferece atividades que afastam os menores da rua: “É muito melhor estar na quadra que na rua”, afirmou.

Segundo Júlio Filgueiras, o “Segundo Tempo tem mudado a vida das crianças, o presente e o futuro de nosso país.” No Brasil, o programa é oferecido a 1 milhão e 200 mil jovens.

Também no evento, os atletas medalhistas do Pan 2007, na modalidade boxe, Pedro Lima, Everton Lopes e Rogério Nogueira, além de Ronaldo Santos, ganhador de três medalhas de natação olímpica no Parapan 2007, ganharam do governador camisas e certificado do Projeto de Educação de Excelência Esportiva e Lazer, da Sudesb, que oferece condições para a permanência dos jovens atletas de alta performance no estado.

O esporte, de acordo com o governador, é uma poderosa ferramenta de inclusão social. “Acredito muito no programa Segundo Tempo porque, ao mesmo tempo em que oferece novas oportunidades, propicia a descoberta de novos valores dos subúrbios das grandes cidades e do interior do estado, que de outra forma não teriam chances de desapontar em cenário nacional e internacinal ”, disse ele.