Atrair investimentos que promovam o desenvolvimento industrial e social do estado. Esta é uma das prioridades do Governo da Bahia que, com os resultados obtidos em 2007 pela Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), mostra estar no caminho certo. Os 69 protocolos de intenções assinados pelo Governo no ano passado geraram um total de investimentos privados na Bahia mais de três vezes superior ao de 2006, atingindo os R$ 8,5 bilhões.

Para o ano de 2008, a previsão da Secretaria é que este valor chegue a R$ 10 bilhões. Nos primeiros meses deste ano foram assinados protocolos com empresas de ramos distintos como construção civil, metal/mecânico, moveleiro/madeireiro e plásticos e resinas.

O salto significativo demonstra que a Bahia é um mercado cada vez mais promissor para investimentos industriais em vários segmentos. O interesse dos investidores vai além das particularidades do estado. Eles também são atraídos pelas amplas vantagens oferecidas pelo Governo para o estabelecimento de seus negócios, como benefícios fiscais, concessões financeiras diferenciadas, incentivos para a infra-estrutura e mão-de-obra especializada.

Processo de implantação

O processo de implantação de uma empresa começa com o envio de uma carta-consulta para o Governo, por meio da qual ela dimensiona seu projeto (investimento, área, geração de empregos etc) e, ao mesmo tempo, procura saber quais os benefícios oferecidos para sua implantação.

Em 2007, um total de 101 empresas apresentou carta-consulta para análise com 45.538 empregos possíveis de serem gerados. O segmento agroindustrial se destacou, com 47,72% destes investimentos (correspondendo a R$ 2,1 bilhões e geração de 22.674 empregos).

Uma vez aprovada a proposta, o passo seguinte é a assinatura do protocolo de intenções entre a empresa e o Governo do Estado, com validade inicial de um ano. Um projeto de análise econômica é encaminhado ao Conselho Deliberativo do Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica (Desenvolve) para aprovação do incentivo. Este é concedido à empresa após publicação da resolução no Diário Oficial.

A partir daí, cumprindo-se todas as exigências legais, pode ser iniciada a instalação. Em 2007, o número de empresas implantadas chegou a 54, significando a criação de 6.018 empregos diretos. O restante dos processos permanece em análise e devem gerar novos negócios.

As empresas instaladas são de segmentos diversos, como alimentos e bebidas, calçados, cosméticos, material de limpeza, metal/mecânico, mineral, moveleiro/madeireiro, papel e celulose, plásticos e resinas, informática/eletroeletrônico, químico e petroquímico, têxtil e serviços.

Destes, o setor que mais empregou foi o de calçados. Já entre os investimentos de maior porte, destacou-se, no setor químico e petroquímico, o projeto da Columbian Chemicals Brasil, instalada em Camaçari e uma das líderes entre as indústrias de negro fumo.

Há ainda em implantação 59 empresas distribuídas em 42 municípios, com cerca de R$ 2,6 bilhões de investimentos privados e geração de 7.060 empregos.