Mais de 500 jovens dos territórios Semi-Árido Nordeste II e Itaparica reunidos no sábado (1º), na região do município de Cipó, que detém o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado da Bahia, apresentaram ao Governo do Estado suas prioridades e sugestões para a implantação de uma política estadual de juventude.

Dentre as propostas apresentadas por indígenas, quilombolas, sem terra, entre outros, na Conferência da Juventude, destaca-se a de Robson Silva, 22 anos, que sugeriu um mecanismo de controle das verbas de educação por parte dos estudantes, por meio de uma associação estudantil ou conselho local.

“Trabalhar a juventude é diferencial. A falta de participação dos nossos jovens é fruto da ausência do poder público em dialogar e delegar responsabilidades como um conselho, por exemplo”, revelou o jovem de Adustina, que se deslocou 180 quilômetros para chegar ao local do evento. Ele, que participou pela primeira vez de uma conferência, foi eleito delegado para a estadual, prevista para o final deste mês, em Salvador.

O Conselho Estadual de Juventude foi mais uma vez assegurado pelo secretário de Relações Institucionais, Rui Costa, durante a abertura dos trabalhos. “Nós construiremos um conselho que represente todo o estado, com a função de acompanhar, sugerir e criticar as políticas públicas voltadas para a juventude”, garantiu, reafirmando a decisão de realizar as plenárias territoriais e a importância de contemplar 80% dos jovens baianos que vivem no interior do estado.