O trecho da orla que vai do Largo das Baianas, em Amaralina, até o Jardim de Alá será inaugurado em julho e contará com ciclovia, quiosques e equipamentos de ginástica padronizados, além de iluminação especial. O que preocupa a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), responsável pelo projeto, é a situação das barracas de praia, que deveriam ser remanejadas, mas permanecem no local por ordem de uma liminar.

As barracas impedem a construção do calçadão e ciclovia. No projeto inicial, de outubro de 2006, já consta a remoção das unidades. “Seguiremos com a obra normalmente e faremos interrupções nos dois trechos da Pituba, onde há barracas. Quando o problema for solucionado, concluiremos tudo”, disse a presidente do órgão, Maria Del Carmem.

A Conder já tem o projeto para a segunda etapa de recuperação da orla, que compreende o trecho entre o Jardim de Alá e o Aeroclube. A obra necessita de investimentos de R$ 10 milhões e vai contemplar alguns trechos da primeira etapa. A ciclovia que passará atrás do antigo Clube Português, a reconstrução da passarela e a duplicação da ponte do Costa Azul também serão realizadas nessa etapa.

Com um investimento de R$ 9,5 milhões as intervenções são realizadas pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), e abrangem cerca de 4 quilômetros de extensão.

A obra ficou paralisada entre janeiro e outubro do ano passado devido uma briga judicial entre as empresas que participaram da licitação. Solucionada a questão, a obra segue dentro do novo cronograma.

As intervenções visam dar mais conforto e segurança aos freqüentadores do local, principalmente os que ali praticam esporte. “Uma área mais iluminada permite que a gente faça exercícios até à noite. A reforma também dá mais segurança em relação a infra-estrutura, reduzindo o risco de torções e outros acidentes”, disse a artesão Dora Brim, 61 anos.

Para o economista Sílvio Teixeira, 63 anos, a recuperação da orla era uma necessidade para uma cidade turística como Salvador. “A beleza natural precisava contar com um pouco de infra-estrutura para ficar ainda mais atraente”, afirmou.

No trecho de Amaralina está sendo feita a conclusão da ciclovia, com sinalização, construção de quiosque com estrutura de lona tensionada para as baianas, implantação de três quiosques para abrigar 12 vendedores de coco verde, parque infantil, equipamentos de ginástica, espaço para a prática de capoeira e iluminação pública.

Entre o Largo das Baianas e o Clube Português será feita pavimentação asfáltica, calçadão, ciclovia sinalizada, deck, dois quiosques, três pontos de ônibus e rampa para deficientes.

Iniciada em março de 2006, as obras tiveram que ser suspensas para que fossem sanadas irregularidades legais identificadas, a exemplo da inexistência de licenciamento por parte da Secretaria do Patrimônio da União, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Ibama.

Apenas o Centro de Recursos Ambientais (CRA) concedera licenciamento, o que era insuficiente para a sua implantação. Iniciadas no governo anterior, elas já tinham reduzido o ritmo, em dezembro de 2006, o que levou o governo a rever todo o cronograma.