Após o anúncio da ilegalidade da greve dos policiais civis, por meio de liminar do juiz plantonista João Batista Alcântara, um número significativo de agentes de delegacias, em Salvador e no interior do estado, retornou ao trabalho, nesta segunda-feira (31).

Na capital, a 16ª Circunscrição Policial, no bairro da Pituba, as ocorrências já estavam sendo feitas pelos policiais. No interior, em municípios como Barreiras, na região oeste, e Juazeiro, no norte, que juntas reúnem uma população de 350 mil habitantes, as faixas e cartazes que sinalizavam a greve dos policiais foram retiradas.

Segundo o delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, estão funcionando normalmente, a Polinter, as delegacias do idoso, de homicídios, levantamentos cadavéricos e expedição de guias para exames de lesões corporais.

O delegado Wilson Gomes, titular da 16ªC.P, informou que todos os 30 agentes lotados na unidade trabalharam normalmente, em esquema de revezamento, desde a última sexta-feira (28), primeiro dia de paralisação dos policiais. Ainda segundo ele, um flagrante de furto foi lavrado durante o fim de semana.

No Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador, estão sendo executados as solicitações de exames, enviadas pelas delegacias, referentes a crimes contra a vida, levantamentos cadavéricos e necropsias.

Comandante-geral descarta greve na PM

O comandante-geral da PM, coronel Jorge Santana descartou que a corporação esteja em greve. “Não existe aquartelamento nem na capital e nem no interior. O que estão ocorrendo são reuniões de esclarecimentos junto aos praças e oficiais para melhor situar o policial dos benefícios recebidos até agora com a política salarial do governo, porque há informações desencontradas, maliciosamente plantadas na corporação por vendedores do caos, para levar a PM a um estado de insatisfação. Em nossa atividade, paralisar é cometer um crime.”

Além disso, o coronel Santana disse que foi intensificado o policiamento ostensivo nas ruas para evitar a ocorrência de crimes.