A Polícia Civil do Estado da Bahia continua prestando os serviços essenciais à população. O secretário das Relações Institucionais, Rui Costa, disse no início da noite deste domingo (30) que o boato de que o cidadão está sem proteção da instituição não procede. “As delegacias estão abertas e os agentes estão comparecendo às delegacias para trabalhar, fazendo vários procedimentos”, afirmou o secretário.

Costa disse ainda que quem precisar da polícia deve comparecer à delegacia e registrar a ocorrência. “É possível que alguns agentes fiquem do lado de fora (das unidades policiais) desestimulando as pessoas. Entrem e procurem o delegado para registrar a sua ocorrência ou queixa”, avisou. O secretário advertiu que, caso algum cidadão seja impedido de chegar ao delegado, deve comunicar as autoridades. “Isso não é permitido. Todos têm o direito de buscar um serviço público prestado pelo Estado”, afirmou.

Serviços – A Delegacia de Homicídios, situada nos Barris, realizou quatro diligências neste domingo. A Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes e a 1ª Circunscrição Policial (CP), ambas também nos Barris, estão atendendo à população, sendo que a 1ª CP está encaminhando os registros para o Plantão Metropolitano. A delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, na Avenida ACM, também está aberta para o registro de ocorrências.

O Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto (Icap) realizou seis perícias de crimes contra a vida. Segundo a diretora do Icap, Evandina Lago, todos os peritos se encontram de plantão, realizando as suas atividades. “Nós temos diversas coordenações de perícias internas e externas. Nós estamos acatando todas as solicitações que nos chegam. As atividades essenciais estão sendo realizadas normalmente”, garantiu.

Ação civil pública – Para garantir a continuidade da prestação de serviço institucional, o Estado ingressou na justiça, neste domingo (30), com uma ação civil pública contra o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc), pedindo a declaração de ilegalidade e abusividade da greve dos policiais civis. A ação foi encaminhada ao juiz plantonista João Batista pelo Procurador Geral do Estado, Rui Moraes Cruz, que solicitou urgência na decisão judicial.

“Eu peço também bom senso dos agentes uma vez que nós compusemos e fizemos uma negociação que levou 10 meses”, lembrou Rui Costa. Segundo ele, foi a direção do Sindicato dos Policiais Civis que se negou a negociar, condicionando todo a conversa à presença do Sindicato dos Delegados. “Isso o Estado não pode obrigar. Nós respeitamos a autonomia e a liberdade sindical, portanto, os sindicatos têm autonomia para dizer se querem ou não negociar juntos”, afirmou.