Depois de dois meses da articulação realizada pela equipe do TecnoVia e por membros das sete universidades públicas da Bahia, a proposta para parceria com centros de pesquisa de empresas no parque tecnológico está perto de ficar pronta. O modelo que será usado para atrair centros de excelência, principalmente no setor de energia, foi discutido na sexta-feira (7) pelo secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ildes Ferreira, e representantes de todas as universidades estaduais e federais da Bahia.

Para o reitor da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Naomar Almeida, a proposta atual está consistente e bem-articulada. “É fundamental que as universidades estimulem os centros de pesquisa e para atrair grandes instituições precisamos dar evidência aos trabalhos que já são realizados no nosso estado”, disse.

Também estiveram na Secti os reitores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Lourisvaldo Valentim, da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), José Carlos Barreto, e da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Antônio Joaquim Bastos, além de representantes das direções das demais instituições.

“É preciso ouvir o que as universidades têm a dizer sobre um projeto que é focado no conhecimento”, afirmou Ferreira. Ele ressaltou que o TecnoVia deve contar também com a participação das instituições de ensino superior privadas, mas que os termos dessas parcerias ainda estão indefinidos.

O parque

O TecnoVia será um moderno habitat de empresas voltadas para as áreas de ciência, tecnologia e inovação que funcionará em 1 milhão de metros quadrados, na Avenida Paralela. Ele abrigará empresas dos setores prioritários, além de incubadoras, centros de pesquisa e desenvolvimento, laboratórios e áreas compartilhadas para interação de universidades e empresas.

A implantação do parque será realizada por fases, num projeto de longo prazo. A intenção é manter a harmonia com o meio ambiente, com a implantação de empresas com tecnologias limpas e conservação da vegetação nativa de mata atlântica. O TecnoVia terá um escritório de transferência de tecnologia, incubadora de empresas, centros de pesquisa e desenvolvimento com laboratórios de núcleos de pesquisa, além de áreas compartilhadas, compostas por restaurantes, bancos e espaço para lazer.

As três áreas escolhidas para o TecnoVia estão no foco de quase todos os parques tecnológicos do mundo, mas cada lugar prioriza as subáreas nas quais tenha maior potencial.

Vocação baiana

A Bahia tem vocação para a área de energia e por isso serão priorizadas pesquisas em petróleo e gás, energia solar e eólica e biocombustíveis. No setor de biotecnologia, o objetivo é estimular as pesquisas com células-tronco, desenvolvimento de novos fármacos, prospecção de biodiversidade, vacinas e kits para diagnóstico e produção agrícola.

Para tecnologia, inovação e comunicação, a expectativa é focar em conteúdos midiáticos para indústrias criativas, computação distribuída e plataformas de suporte ao desenvolvimento, ou seja, geração de tecnologia e automatização. Esse setor está em amplo crescimento na economia brasileira, com grande potencial para a geração de empregos de alto valor agregado.