Adab vai capturar morcegos em São Sebastião do Passé

Diante das notificações realizadas por pecuaristas do município de São Sebastião do Passé, situado a 70 quilômetros de Salvador, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), realizará, nesta quarta-feira (30), a partir das 14h, a captura de morcegos hematófagos. A ação visa à prevenção das ocorrências da raiva em herbívoros do estado.

“Após a captura, uma pasta vampiricida será passada no dorso dos morcegos, por estes possuírem o hábito de lamber uns aos outros, multiplicando o efeito do produto”, afirmou o gerente estadual do Programa Nacional da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) e médico veterinário da Adab, José Neder.

Uma equipe composta por dois médicos veterinários e dois auxiliares, estará se deslocando para o local para capturar e adotar procedimentos de defesa sanitária animal para o combate à disseminação da doença.

A raiva dos herbívoros é considerada uma zoonose (doença transmissível ao homem) de alto risco, podendo ser transmitida, por meio da manipulação da saliva de animais doentes. Após ser agredido pelo vampiro infectado, o animal poderá contrair a doença caso não esteja vacinado e invariavelmente virá a óbito.

Notificações

Tremores musculares, engasgo, paralisia dos membros posteriores, tristeza, salivação abundante, mudança de comportamento e andar cambaleante são alguns dos sintomas apresentados pelos animais contaminados pelo vírus da raiva.

A Adab orienta aos criadores que ao identificarem suspeitas de mordeduras em algum animal do seu rebanho, que procurem imediatamente um escritório da Adab mais próximo da sua propriedade ou entre em contato com a sede pelo telefone (71) 3116-8463.

Somente neste ano, a Adab atendeu 22 focos em todo o estado, tendo capturado cerca de 201 morcegos hematófagos. Além do controle da população de quirópteros, a agência também realiza periodicamente ações de educação e saúde com criadores, estudantes e profissionais de saúde pública, como também esclarece as dúvidas nas propriedades sobre vacinação dos bovinos, eqüídeos, ovinos e caprinos em áreas de foco da enfermidade.