Em um ano, as mudanças foram muito além da fachada. A nova programação visual ilustra a guinada  da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), que administra as 271 lojas da Cesta do Povo, as cinco centrais de abastecimento (Ceasa) e os programas Nossa Sopa e de distribuição de leite. De tecnicamente falida e sem credibilidade no mercado, passou a ser uma empresa recuperada física e estruturalmente. A reforma administrativa, posta em prática desde abril de 2007, reduziu custos, enxugou o quadro de funcionários e mudou padrões de operação.

No encontro “Perspectivas 2008, A Nova Ebal”, nesta segunda (14), no Fiesta Convention, foi lançada uma campanha que dá início à segunda etapa do programa de recuperação. “Agora vamos trabalhar para a sedimentação do trabalho de recuperação financeira, com a implantação de novos sistemas na área de recursos humanos, como o Plano de Capacitação e Desenvolvimento, de Remuneração Adequada e de Carreira”, explicou o presidente da Ebal, Reub Celestino.

O governador em exercício, Marcelo Nilo, parabenizou os funcionários, destacando que muito do sucesso da nova Ebal deve-se aos 2,5 mil funcionários, do mais simples ao mais graduado. “São vocês que trabalham duro para reerguer diariamente essa empresa que já passou por momentos difíceis”, falou relembrando a CPI instalada na Assembléia Legislativa que comprovou o desvio de recursos públicos na gestão passada. “Todos aqueles que lesaram a Ebal, serão punidos com o rigor da lei”, arrematou o governador em exercício.

No início da gestão, a empresa acumulava uma dívida de R$ 620 milhões, não tinha nenhum fornecedor, comercializava apenas 160 itens e estava com 425 lojas da Cesta fechadas. Apesar disso, mantinha em seus quadros, 4.200 funcionários.

Hoje as lojas da Cesta do Povo de Salvador e de mais 218 municípios baianos comercializam 1,4 mil itens e dá lucro. Nos últimos oito meses, o faturamento da Ebal foi de R$ 205 milhões. Até o fim do ano, vão ser reabertas mais 40 lojas, completando assim 310 pontos de venda de produtos básicos à população de baixa renda, representando a maior rede de abastecimento alimentar da Bahia. Uma das prioridades da Cesta do Povo é garantir estabilidade nos preços dos gêneros de primeira necessidade.

Com 8 anos de empresa, Augusto Faustino, chefe da loja de Lauro de Freitas diz que hoje todos os funcionários lutam com um mesmo objetivo para reerguer uma empresa totalmente nova. “Hoje há mais companheirismo entre os colegas e mais acesso à diretoria”, afirmou ele.