O número de desempregados na Região Metropolitana de Salvador (RMS) ficou relativamente estável em março. A taxa passou de 20,9%, em fevereiro, para os atuais 21% da População Economicamente Ativa (PEA). Essa é a segunda menor taxa registrada para os meses de março desde 1997. A informação é da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) e foi divulgada nesta quarta-feira (30) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, Dieese e a Faculdade de Ciências Econômicas da Ufba, órgãos parceiros na pesquisa.

A PED estima que cerca de 387 mil pessoas – mil pessoas a menos que no mês anterior – estão desempregadas. Esse resultado decorreu da redução da PEA em 11 mil pessoas e da saída de 10 mil pessoas da população ocupada. A taxa de desemprego aberto (pessoas que no período pesquisado realmente procuraram trabalho) aumentou de 11,9% para 12,3%. Já o desemprego oculto (inclui os que não procuraram emprego por desalento ou porque exerciam trabalho precário) diminuiu de 9%, em fevereiro, para os atuais 8,7%.

Somente o setor de serviços abriu postos em março, com a incorporação de 13 mil pessoas (1,5% de crescimento das vagas). Nos demais setores, houve diminuição. O comércio (-5,6%) perdeu 14 mil postos, a indústria (-3,6%), menos 5 mil posições ocupacionais. O agregado “outros setores” (-1,8%), que inclui Serviços Domésticos, Construção Civil e Outras Atividades, tem menos 4 mil postos.

O rendimento médio medido em fevereiro, mês anterior ao pesquisado, diminuiu 0,7% para os ocupados e o 2,7% para assalariados, passando a equivaler R$ 891 e R$ 990, respectivamente.

Acumulado

Apesar da estabilidade na comparação mensal, em relação a março de 2007, a taxa de desemprego da Região Metropolitana de Salvador (RMS) passou de 22,9% para os atuais 21%. São menos 23 mil pessoas na situação de desemprego, nos últimos 12 meses, resultado da criação de 76 mil postos de trabalho, número superior as 53 mil pessoas que ingressaram no mercado de trabalho nesse período. O nível de ocupação elevou-se 5,5%. Os serviços criaram 32 mil posições de trabalho (3,8%); o agregado “outros setores”, 17 mil postos (8,3%); a indústria, 14 mil (11,7%); e o comércio, 13 mil (5,9%).