A história recente da luta dos povos indígenas da Bahia pelos seus direitos e os principais problemas enfrentados por essas comunidades foram debatidos durante a conferência sobre o Movimento de Luta pelos Povos Indígenas na Bahia, a segunda do Ciclo Memória dos Movimentos Sociais, realizada pela Fundação Pedro Calmon/Secult. O debate aconteceu na quinta-feira (24) na Biblioteca Pública do Estado (Barris), com a participação de lideranças e representantes de diversas tribos indígenas da Bahia, além de pesquisadores, professores e estudiosos.

O direito à demarcação de terras para os povos indígenas foi um dos assuntos discutidos na conferência, ao lado de temas como ações nas áreas de saúde e educação e a política de cotas para ingresso de índios nas universidades.

O coordenador de Políticas para os Povos Indígenas da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), o pataxó Jerry Matalawê, disse que a defesa da terra é a bandeira principal do movimento indígena e que a organização e troca de experiências entre as mais de seis mil organizações indígenas existentes no país tem sido responsável pela evolução dessas comunidades. “Apesar das conquistas já obtidas ainda resta muito para recuperar uma parte do que foi perdido em cinco séculos de massacres, expoliação e violências sofridas pelos índios brasileiros”, afirmou. O Ciclo de Conferências segue até o mês de novembro.