Em março, o nível de emprego com carteira assinada na Bahia apresentou expansão de 0,87%. O percentual representa mais 10.595 postos no mercado de trabalho formal no mês, resultante de 51.697 admissões e 41.102 desligamentos. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), analisadas e divulgadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento do Estado.

“A performance de crescimento do emprego na Bahia foi bastante expressiva no contexto nacional, já que o crescimento de 0,87% superou o desempenho do país, que foi de 0,70%”, comenta o diretor de Pesquisas da SEI, José Ribeiro Soares Guimarães. Em comparação com a região Nordeste, o resultado foi ainda mais significativo, uma vez que ocorreu eliminação de 14.633 postos na região, durante o mês em análise, e contração de 0,35% no nível de emprego formal.

Em termos espaciais, a Região Metropolitana de Salvador (RMS) foi responsável pela criação de 6.943 vagas, o correspondente a 65,5% do total, enquanto o interior do estado respondeu por 3.652 vagas (34,5%).

O destaque entre os setores da economia foram os Serviços, que abriram 4.854 novos postos de trabalho (45,8% do número gerado no mês), com destaque para o segmento de alojamento, alimentação, reparação e manutenção, que respondeu pelo surgimento de 2.356 empregos. Em seguida, a Construção Civil foi responsável por 3.561 novos postos de trabalho com carteira assinada (33,6% do total). A Agropecuária gerou 1.162 empregos e a Indústria de Transformação 767 vagas.

Desempenho do trimestre

No acumulado do primeiro trimestre do ano, foram gerados 14.119 novos empregos com carteira assinada na Bahia, um incremento de 1,16%. O desempenho foi superior em 1.074 postos em comparação com o mesmo período de 2007, quando foram criadas 13.045 novas vagas no mercado formal.

A Construção Civil vem sendo o carro-chefe da geração de vagas em 2008, com uma expressiva expansão de 7,21% no nível de emprego. O setor respondeu por 6.633 vagas do conjunto de 14.119 empregos criados nos três primeiros meses do ano, o equivalente a 62,6% do total.

“Esse excelente desempenho no setor da construção civil é reflexo dos investimentos públicos em infra-estrutura, com destaque para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas áreas de saneamento, habitação e infra-estrutura logística, além de inversões no setor imobiliário, sendo que ainda há potencial para mais crescimento”, avalia Guimarães.

Os Serviços acumulam 3.584 vagas no ano de 2008 (25,3% do total), a Agropecuária, 1.326 postos, a Indústria de Transformação, 1.181 empregos, o Comércio responde por 950 vagas e a Administração Pública por 382. Entre os municípios, o destaque do trimestre, em termos absolutos, ficou para os desempenhos de Salvador (4.427 empregos), Camaçari (2.604 vagas), Feira de Santana (1.253) e Itapetinga (1.180).