Desta terça-feira (13) a domingo (18), acontece no município de Mundo Novo, o curso de formação dos 84 agentes mobilizadores do Projeto de Segurança Alimentar e Nutricional para Acampados e Pré-assentados da Reforma Agrária na Bahia (PSAN). O objetivo do projeto é estruturar sistemas coletivos de produção de alimentos em núcleos comunitários para auto-abastecimento e comercialização do excedente em feiras locais.

O PSAN, que vai contar com recursos de R$ 3 milhões, é fruto de convênio entre a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). “A capacitação visa preparar as pessoas que vão atuar no desenvolvimento do projeto, por meio da mobilização das famílias, elaboração dos projetos produtivos e diagnóstico da condição de vida dos beneficiários”, disse o coordenador de Projetos Especiais da Sedes, César Querino.

A capacitação tratará de temas como “História de luta pela terra e movimentos sociais” e “Soberania alimentar e agroecologia, com enfoque em associativismo e cooperativismo”. Fazem parte da programação oficinas, grupos de trabalho e plenárias.

O projeto atenderá 8,4 mil famílias, 2 mil a mais que em 2005, quando um projeto semelhante começou a ser executado no estado. Ficará a cargo da Cáritas Brasileira, com apoio da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (FETAG), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Movimento Estadual de Trabalhadores Assentados, Acampados e Quilombolas (Ceta) e Pastoral Rural.

Destinado às famílias de acampamentos e pré-assentamentos o projeto é apenas uma das ações desenvolvidas pela Sedes, com a participação da sociedade civil, visando garantir o direito humano à alimentação saudável. Segundo o IBGE, 50,2% da população baiana apresenta algum grau de insegurança alimentar, sendo que 12,3% (1,7 milhão de pessoas) estão enquadrados em situação grave.