Publicada em 11/05/2008 – 13:30

Atualizada 12/05/2008 – 15:55

Depois de já ter captado mais de R$ 2 bilhões em negócios com conglomerados empresariais portugueses, a exemplo dos grupos Reta Atlântico, Pestana e Vila Galé, a Bahia deve contar com mais R$ 3 bilhões de investimentos privados de Portugal, nos próximos três anos. As intenções de ampliação de negócios no estado foram confirmadas durante o II Seminário de Oportunidades de Negócios Bahia-Portugal, realizado nos dias 9 e 10 de maio, em Praia do Forte, no litoral norte baiano.

As áreas imobiliárias e de turismo são as que mais interessam os investidores portugueses, “embora também haja intenções em ampliar os negócios no comércio bilateral”, como ressaltou o presidente da Câmara Portuguesa de Comércio, Eduardo Salles. A entidade e o governo estadual, através do Centro Internacional de Negócios da Bahia (Promo), promoveram o evento que, nesta segunda edição, registrou um aumento de 30% no número de participantes, representando, no total, 185 empresas.

No que se refere ao comércio de produtos, segundo dados do Promo, a Bahia é responsável por cerca de 7% do total exportado pelo Brasil para Portugal. O montante de negócios comerciais entre portugueses e baianos é da ordem de US$ 135 milhões, dentro do total de US$ 7,5 bilhões que envolvem as exportações baianas em geral.

“Os investimentos são mais pesados na indústria hoteleira, mas o seminário teve o objetivo de despertar o interesse dos empresários portugueses não só para a ampliação dos negócios imobiliários e turísticos no estado, mas para todas as grandes oportunidades que a Bahia reúne em outros setores”, ressaltou Salles. Ele acredita que os reflexos na balança comercial já comecem a ser notados a partir do próximo ano, “até mesmo pela ampliação do número de empresas participantes do evento em relação ao ano passado”.

Ainda durante o seminário, a Câmara Portuguesa de Comércio na Bahia homenageou autoridades, como o governador Jaques Wagner e o embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Seixas da Costa, pelas políticas desenvolvidas pelos governos baiano e brasileiro para o aumento dos negócios entre Portugal e o Brasil, sobretudo a Bahia.

Para o secretário estadual de Indústria e Comércio, Rafael Amoedo – que representou Wagner no seminário, o fato do Estado da Bahia ter adotado “regras sérias e transparentes” nas relações com os investidores tem contribuído para o bom desempenho do estado na captação de negócios. “A Bahia tem sido vista como um terreno fértil para se investir porque o Estado tem cumprido seu papel de intermediar os negócios, dando segurança ao investidor de que agora pode contar com uma real política voltada para o desenvolvimento sócio-econômico baiano”, concluiu Amoedo.