Em abril, a inflação atingiu 0,64% em Salvador, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), calculado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), órgão da Secretaria do Planejamento (Seplan). No mesmo mês de 2007, o IPC havia registrado deflação de 0,16%. No acumulado dos últimos doze meses (maio de 2007 a abril de 2008), a alta nos preços foi de 5,18%, resultado superior ao acumulado nos doze meses imediatamente anteriores, que foi de 4,34%.

Observando a linha de tendência, que é revelada pelo indicador acumulado em 12 meses, a curva da variação dos preços está ascendente desde janeiro. Os alimentos continuam puxando a tendência de alta. O grupo de alimentos de bebidas foi o que apresentou as maiores taxas acumuladas em 12 meses em janeiro (9,50%), fevereiro (9,96%), março (10,20%) e abril (12,07%). Neste último mês, o segundo grupo que registrou maior alta acumulada foi o de saúde e cuidados pessoais (8,17%).

No resultado isolado de abril, em comparação com o mesmo mês de 2007, o gasto com alimentos e bebidas pesou mais 1,47% no bolso do consumidor. O segundo maior aumento foi do grupo de vestuário, com alta de 1,09%.

Entre os itens pesquisados nas prateleiras da cidade, os que mais pesaram para a formação da taxa (considerando preço e impacto no orçamento) foram gasolina (5,16%), pão francês (9,45%), álcool combustível (7,64%), camiseta, blusa e blusão femininos (6,49%), tomate (23,66%), gastos com empregado doméstico (1,80%), antiinflamatório e anti-reumático (2,42%), refeição a la carte (1,55%), automóvel novo (0,34%) e bolsa feminina (11,58%).

Os produtos cujos preços exerceram maiores pressões negativas foram tarifa de energia elétrica residencial (3,50%), excursão não escolar (5,64%), cruzeiro marítimo (8,42%), passagem aérea (11,83%), feijão rajado (9,20%), camisa masculina (2,55%), cerveja (0,95%), tênis de adulto (3,40%), televisor (4,61%) e acessórios fotográficos (3,01%).

Levando em conta apenas os reajustes individuais – sem considerar o impacto no bolso do soteropolitano -, os produtos cujos preços mais aumentaram em abril foram mamão (27,89%), tomate (23,66%), cinto feminino (19,79%), manga (13,99%), bolsa feminina (11,58%), material para curativo (11,17%), filé de peixe (10,70%), moderador de apetite (9,67%) e pão francês (9,45%).

Cesta básica

A cesta básica definida por lei, que estabelece 12 produtos alimentares e suas respectivas quantidades, aumentou, em abril, 5,67%, passando a comprometer 46,62% do salário mínimo. Dez produtos registraram variações positivas tomate (23,66%), pão francês (9,45%), leite pasteurizado (2,83%), açúcar cristal (2,59%), farinha de mandioca (2,55%), banana da prata (2,53%), óleo de soja (2,34%), carne bovina cruz machado (1,81%), manteiga (1,36%) e arroz (0,58%). Dois produtos registraram variações negativas, feijão mulatinho (0,84%) e café moído (0,85%).