Vassoura, balde e água. Estas foram as armas usadas pelos alunos das escolas estaduais, nesta sexta-feira (16), no “Faxinaço” – A dengue longe de todos nós. A atividade faz parte da campanha da Secretaria da Educação (SEC) "Todos contra a Dengue: o que eu e a escola podemos fazer?", que vem mobilizando as unidades de ensino para desenvolver trabalhos pedagógicos e educativos voltados à prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti.

Estudantes de diversas escolas de Salvador e do interior do estado participaram simultaneamente da ação, realizada em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Os alunos do Colégio Estadual Alípio Franca, no Bonfim, além do “faxinaço”, aproveitaram a ocasião para fazer um mutirão de limpeza na escola.

Janelas, pátio, salas, toda a estrutura entrou na guerra contra a sujeira, ao som de um samba de roda organizado pelos alunos. “Já que quem canta seus males espanta, vamos espantar a dengue daqui”, disse o representante do Grêmio Estudantil, Filipe Marins, destacando ainda que a atividade desperta a consciência de todos e atenta para a responsabilidade de cuidar da escola.

Agentes da Vigilância Sanitária acompanharam a ação e orientaram os alunos como identificar focos. O trabalho continuou nas redondezas das unidades escolares, onde os agentes abordaram residências e pontos comerciais, a fim de conscientizar sobre a importância das medidas a serem tomadas para não permitir surtos da dengue.

Dentro da programação prevista pela SEC, que conta com cinco modalidades de ações, já foram realizadas passeata, “faxinaço” e estão sendo discutidos, até o dia 30 deste mês, conteúdos pedagógicos sobre a dengue.

O entusiasmo foi ainda maior entre os alunos do Colégio Estadual Presidente Costa e Silva, na Cidade Baixa. Eles revelaram que já estão ensaiando peças teatrais, de dança e cordéis para a atividade final da campanha, que é a exposição “O que faço para combater a Dengue”, quando serão apresentados os trabalhos produzidos pelas turmas durante o período de 30 de abril a 30 de maio. “Pretendemos dar vida a esta campanha”, afirmou a professora de Educação Física, Zélia Cruz.

Mais do que serem estimuladas a discutir o assunto em sala de aula, as escolas também devem divulgar e sensibilizar a comunidade para a importância de continuar o combate ao mosquito. “Serviremos como multiplicadores e levaremos esta ação para todos os lugares, seja em casa ou com amigos”, ressaltou o estudante, Jidailton de Jesus, do Alípio Franca.