A primeira visita do diretor técnico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Virgílio Elísio, e do presidente da Federação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues, às obras de reforma e ampliação do Estádio Roberto Santos (Pituaçu), nesta segunda-feira (26), deixou uma boa impressão em ambos os dirigentes.

“É um belo projeto, um estádio com grande potencial e o mérito de ter 100% de arquibancadas com cadeiras”, avaliou Virgílio.“Fiquei surpreso com o número e a complexidade das intervenções para facilitar a vinda do torcedor”, exclamou Rodrigues.

Cercados pelos engenheiros e arquitetos responsáveis pelo projeto e com a presença dos secretários Fernando Schmidt (chefe de Gabinete do governador) e Nilton Vasconcelos, do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, (Setre), eles viram e ouviram, atentamente, detalhes das intervenções que estão sendo feitas para a qualificação do espaço que, de 16 mil pessoas, passará a abrigar, em cadeiras, 32.400 torcedores.

Especialista no assunto, o baiano Virgílio Elísio é o homem da CBF encarregado de vistoriar estádios por todo o mundo, onde a seleção brasileira joga. Com tamanha experiência, ele observou cuidadosamente os projetos arquitetônicos e de engenharia, deu sugestões e fez observações com vistas ao aprimoramento do equipamento. “Com relação ao que pude ver, acho que o Estádio de Pituaçu poderia, sim, abrigar um dos amistosos da copa de 2010”, afirmou.

O novo equipamento terá três vias de acesso (CAB, orla e Paralela), uma praça do torcedor em volta do estádio, com 12 mil metros quadrados, duas tribunas, uma de honra com 78 lugares, e outra para a imprensa, equipada com 12 cabines para rádio e tevê.

Em torno do campo de 105 por 70 metros serão construídas oito pistas de atletismo e, para dar suporte aos times, policias militares e carros de transmissão ao vivo das emissoras de tevê, estão previstos dois estacionamentos operacionais.

Para o público, a previsão de estacionamento é de dois mil carros no Centro Administrativo (CAB) num raio de um quilômetro. O fluxo de carros em torno do estádio será facilitado com a duplicação da Avenida Pinto de Aguiar até o campus da Universidade Católica.

Em cima de uma estrutura antiga, as obras seguem com adaptação às normas previstas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e, principalmente, pelas determinadas no Estatuto do Torcedor. Em alguns casos, têm-se obedecido a recomendações da Federação Internacional de Futebol (Fifa), como no caso das cadeiras com assento de 40 centímetros.

Prazo

As obras, atualmente realizadas por 464 funcionários de seis empresas, começaram em 29 de fevereiro deste ano e estão sendo coordenadas pela Conder, órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano. Ao longo desses 116 dias, o trabalho ficou paralisado 49, em função de duas greves de trabalhadores da construção civil e da chuva. “Somente em março, choveu 12 dias”, informou o secretário Nilton Vasconcelos, contabilizando quase um mês improdutivo por causa do mau tempo.

“Ainda não é possível definir a data de inauguração do novo estádio, mas sei que não haverá condições de cumprir o prazo de agosto. Esta semana vamos negociar com o sindicato da construção civil pesada (Sintepav) para evitar uma nova paralisação”, informou Maria Del Carmen, presidente da Conder.