O Chief Executive Officer (CEO) da StoraEnso, Jouko Karvinen, veio de Londres para uma reunião com Jaques Wagner, nesta terça-feira (27), na Governadoria, e de lá saiu com todo o apoio do governo da Bahia para o projeto de ampliação da indústria de celulose Veracel, no município de Eunápolis, extremo sul baiano.

Se todos os processos de licenciamento ambiental da Veracel II forem definidos até abril de 2009, no segundo semestre de 2011, a fábrica de celulose produzirá o dobro de sua capacidade atual, 1,2 milhão de tonelada por ano, e empregará direta e indiretamente 10 mil baianos.

“As nossas expectativas para o projeto de expansão foram plenamente atendidas”, disse Karvinen. “Demos toda atenção às demandas que eles tinham em relação ao governo”, explica Rafael Amoedo, secretário de Indústria, Comércio e Mineração, que também participou da reunião ao lado do presidente da StoraEnso para a América Latina, Nils Grafström, de Isac Zagury, diretor da Aracruz Celulose S.A e de Antonio Sérgio Alípio, presidente da Veracel Celulose S.A.

Segundo Amoedo, há 15 dias foi realizada uma reunião com a Secretaria do Meio Ambiente e o Centro de Recursos Ambientais (CRA), e elaborado um cronograma de trabalho cuidadoso, com enfoque na responsabilidade social e na proteção ambiental.

A sugestão oferecida pelo governo é de que, além da produção de celulose, a cadeia produtiva agregue valor com a implantação de uma fábrica de papel e a instalação de um pólo moveleiro. “Seria um incremento muito interessante na região”, acrescentou Amoedo.

A empresa Veracel é formada com 50% de capital nacional (Aracruz Celulose) e 50% de capital sueco-finlandês (StoraEnso) e tem o Brasil como uma de suas prioridades para a expansão da empresa, especificamente a Bahia. Antes de bater o martelo e decidir pelo extremo sul baiano, os CEOs da Veracel haviam pensado no Uruguai, China, Rússia e no Rio Grande do Sul.

Com uma única fábrica instalada no município de Eunápolis, a Veracel tem áreas de plantio em 11 municípios vizinhos e toda a sua produção é exportada para a Europa, Ásia e Estados Unidos da América.

A celulose é a matéria-prima para a fabricação de papel e fibras de vidro, entre outros produtos. De acordo com sueco Jouko Karvinen, atualmente em todo o estado da Bahia, 27 mil pessoas são beneficiadas diretamente com empregos e geração de renda.