As pessoas entre 20 e 39 anos são o alvo principal, na Bahia, da Campanha Nacional de Vacinação para Eliminação da Rubéola, que começa em 9 de agosto, juntamente com o início da segunda etapa da vacinação contra a poliomielite, e vai até 12 de setembro. A meta é que sejam vacinados 4,8 milhões de pessoas no estado – 1,5 milhão só em Salvador. O assunto foi tema de apresentação, nesta quinta-feira (29), na primeira reunião do Comitê Técnico Assessor do Programa Estadual de Imunizações da Bahia (CTA-PEI/BA), realizada na Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).

A reunião foi presidida pelos secretários Jorge Solla e José Carlos Brito, da Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS), e contou com a participação de médicos sanitaristas e técnicos de outras instituições, a exemplo do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia e SMS (Comitê Técnico Assessor de Imunização e Vigilância Ambiental). Da Sesab, também participaram técnicos da Diretoria de Atenção Básica (DAB) e a diretora do Laboratório Central (Lacen), Rosane Will.

A diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesab, Alcina Andrade, disse acreditar nos bons resultados das campanhas contra a rubéola e a pólio, cuja primeira etapa acontece de 9 a 27 de junho, com pico em 14 de junho. “Nosso programa se construiu em histórias de sucesso e esta será mais uma”, afirmou Alcina, ao apresentar dados sobre a atuação da Coordenação de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep).

A Bahia, informou a diretora, foi o único estado do país a firmar o Pacto de Indicadores na Área de Vigilância, com apoio do Conselho de Secretários Municipais de Saúde. Para atuar nas próximas campanhas de vacinação (primeira e segunda etapas da pólio, em junho e agosto, e quarta campanha contra rubéola, também em agosto), os técnicos já estão sendo treinados. 

Maior do país 

“Embora a cobertura contra a pólio venha caindo na primeira etapa de vacinação, desde 2003, nossa preocupação maior é com a rubéola. Mas estamos certos de contar com o apoio do Estado”, destacou Ana Rita Vasconcelos, do Controle das Doenças Imunopreveníveis da Vigilância Epidemiológica de Salvador.

A enfermeira Marlene Tavares Carvalho, secretária-executiva do Programa Nacional de Imunização e assessora da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde, da Sesab, apontou a Campanha Nacional de Vacinação pela Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) no Brasil como a maior já desenvolvida no país.

A campanha nacional, com o tema Brasil Livre da Rubéola, tem como meta vacinar 70 milhões de pessoas em todo o país e decorre de um compromisso internacional, assinado também pelo Brasil, para alcançar a eliminação da doença nas Américas até 2010. A rubéola, afirmou Marlene, é uma doença de alto custo social e econômico, além de abalar emocionalmente as famílias.

A Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), explicou, acontece quando a mulher gestante contrai a rubéola, provocando no feto danos como cegueira, surdez, cardiopatias e outras incapacidades físicas e mentais.

Solla lembrou que a vacina Dupla Viral, que será utilizada na campanha nacional contra rubéola, é uma proteção adicional contra o sarampo. “Tivemos uma resposta positiva quando enfrentamos uma epidemia de sarampo no ano passado e não queremos que isso ocorra novamente”, disse.