No mês de abril, o comércio varejista da Bahia apresentou aumento no volume de vendas de 8,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a abril deste ano, a taxa foi de 8,7%.

As informações são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada com análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento. As variações positivas obtidas durante todo o ano de 2007 e início de 2008 fizeram o varejo registrar aumento de 9,7% nos últimos 12 meses.

De acordo com a analista da SEI, Maria de Lourdes Caíres, desde dezembro de 2003 o comércio baiano apresenta expansão de vendas. Ela afirma que “vários fatores contribuíram para dinamizar o consumo ao longo deste período como as promoções, a expansão do crédito, a melhoria do poder aquisitivo de camada significativa da população, reflexo da recuperação gradual dos rendimentos, a ampliação dos prazos de parcelamento e principalmente o aumento do emprego no estado”.

Segundo o diretor geral da SEI, José Geraldo Reis, “a continuidade desse crescimento expressivo do comércio varejista na Bahia, em 2008, dependerá do nível de contração do crédito, decorrente do aumento da taxa básica de juros que vem sendo implementado pelo Banco Central. Segundo analistas, podemos fechar o ano com juros de 14%”.

Também em abril, a Bahia registrou a maior geração de emprego da região Nordeste, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Os dados da PMC indicam que, em comparação ao mês de abril de 2007, dos oito segmentos que compõem o volume de vendas, sete apresentaram variações positivas. Mais uma vez, os principais destaques foram os ramos de móveis e eletrodomésticos (37,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (19,2%), equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação (16,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (15,8%), tecidos, vestuário e calçados (14,9%), combustíveis e lubrificantes (10,0%) e uutros artigos de uso pessoal e domésticos (9,9%).

Entretanto, o grupo mais representativo do varejo, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou retração de 3,7%, ao passo que no subgrupo de hipermercados e supermercados a queda foi mais acentuada (-4,1%).

Entre os ramos que não integram o indicador do varejo, mas são apurados pela PMC, veículos, motocicletas, partes e peças expandiram 23,6% e material de construção registrou aumento de 22,2%.