A Nestlé, empresa líder mundial de nutrição, vai triplicar a capacidade de produção da indústria de massas instantâneas, cereais e café solúvel instalada em Feira de Santana, a 110 quilômetros de Salvador, no Centro Industrial do Subaé.

O presidente da Nestlé Brasil, Ivan Zurita, anunciou oficialmente a decisão de antecipar a ampliação dos investimentos da multinacional na Bahia, nesta sexta-feira (20), em Salvador, numa coletiva para a imprensa nacional, ao lado do governador Jaques Wagner.

“Uma plataforma em que se combinam estabilidade econômica, política e uma boa resposta do mercado consumidor baiano mudou as prioridades de investimento da Nestlé no país e nós decidimos antecipar o investimento que tínhamos previsto para aplicar no Nordeste em 4 anos”, explica Zurita.

Em Feira de Santana, o projeto de R$ 120 milhões prevê a ampliação, em 14 mil metros quadrados, da fábrica, instalada há apenas um ano e meio, e a produção de cinco novas linhas de produtos. São elas: cereais matinais, dois tipos de lácteos, bebidas achocolatadas e iogurtes. O novo empreendimento vai gerar mil empregos diretos e indiretos e aumentar a capacidade de processamento da fábrica de 40 mil toneladas para 120 mil toneladas/ano.

“Esperamos que até o 3º trimestre de 2009, a empresa aumente em 25% a captação de leite produzido por pecuaristas baianos, passando dos atuais 80 milhões para 100 milhões de litros”, afirma o presidente da empresa. Ele acredita que em breve deverá voltar à Bahia para anunciar novas expansões.

O projeto de regionalização da Nestlé Brasil leva em consideração as potencialidades de cada estado e a obtenção de vantagens fiscais que possibilitem a redução do custo de produção e, na ponta, do preço do produto para o consumidor final. Em 2007, a empresa faturou R$ 13,4 bilhões e, segundo Zurita, espera duplicar esses números em 2008 com a ajuda do mercado baiano.

A expansão dos negócios da Nestlé na Bahia teve apoio do Governo do Estado em três áreas: na concessão de 174 mil m² no Centro Industrial do Subaé; em obras de infra estrutura, como iluminação, drenagem de águas pluviais, rede de água e pavimentação de acessos à fábrica; e em incentivos fiscais. A empresa recebeu benefícios do Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica (Desenvolve), além do diferimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na aquisição de bens para o ativo fixo. No total, a intervenção do Estado é da ordem de R$ 2, 6 milhões.

Na opinião do governador, a capacidade dos trabalhadores baianos, a potencialidade do mercado consumidor e o bom relacionamento institucional com o governo foram fatores responsáveis pela antecipação e ampliação dos investimentos da multinacional na Bahia.

“Temos de ser facilitadores da atividade empresarial para ativar a roda da economia e gerar desenvolvimento para a região”, conta Wagner.

Investindo no Social

Além de investir na Bahia para aumentar o lucro e ganhar mercado, a Nestlé garantiu que vai ampliar também os investimentos em projetos socioeducativos. Atualmente em Feira de Santana são mantidos os projetos Nutrir, Cuidar e Incluir, voltados para crianças e adolescentes, estudantes da rede pública, e famílias de baixa renda. Somente em 2008, a Nestlé vai aplicar R$ 36 milhões em projetos sociais no Brasil.