A Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), por meio da Superintendência de Proteção ao Consumidor, recomenda aos consumidores baianos cuidado na compra de frango congelado embalado em outros estados. De acordo com a fiscalização realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi detectado excesso de água no frango embalado em seis estados, como informou a superintendente do Procon, Cristiana Santos.

A portaria nº 210/98 de 10 de novembro de 1998, divulgada pela Secretaria de Defesa da Agropecuária, órgão ligado ao ministério, estabelece que a quantidade de água presente em um frango congelado não pode ultrapassar 6% do peso do produto. Mas não é isso o que geralmente acontece. Testes realizados pelo Mapa revelam até 30% de água em algumas marcas de frango.

Segundo Cristiana, fabricantes de seis estados brasileiros apresentaram problemas na porcentagem de água presente no frango, a exemplo de grandes empresas do Rio Grande do Norte, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Na Bahia, existem oito estabelecimentos matadores de aves, sendo que um – Avipal Nordeste SA – possui o selo de inspeção federal e, fiscalizado pelo Mapa, não apresentou irregularidade. As sete outras empresas, por não possuírem selo federal, não foram inspecionadas pelo ministério.

O Procon está atento à questão e vem desenvolvendo ações para coibir esta prática. Em uma ação similar àquela que combateu a fraude ao leite no mês passado, a equipe de fiscalização do órgão irá visitar os supermercados da cidade e apreender os produtos, investigados pelo Mapa, que apresentarem excesso de água.

Até que a situação melhore, o consumidor deve estar atento. “Depois da compra, a pessoa não deverá abrir a embalagem, mas sim deixar descongelar em temperatura resfriada (na geladeira). Se perceber excesso de água, deve procurar o Ministério da Agricultura, a Vigilância Sanitária ou os órgãos de Defesa do Consumidor. No caso do Procon, o consumidor pode ligar para (71) 3321-9947 e fazer a denúncia”, explica a superintendente.