A devastação da Amazônia e os impactos do aquecimento global são dois dos principais problemas ambientais enfrentados e causados, sobretudo, pela ação do homem. Neste contexto, o ciclo de conferências Memórias dos Movimentos Sociais, realizado quinta-feira (12), destacou, desta vez, como tema, o movimento ambientalista da Bahia.
Resgatar a trajetória desse é uma forma de colocar o asssunto em pauta, além de fomentar a discussão acerca de novas e possíveis alternativas. “As pessoas devem se preocupar com o meio ambiente, pois é uma questão de sobrevivência.

Não se trata somente de flora e fauna. Há também as questões relacionadas ao ambiente urbano”, ressaltou o militante Rogério Mucugê. Ele citou também ações históricas realizadas pelo movimento em defesa do meio ambiente, como o “Abaeterna”, campanha ambiental, lançada em 1983, com objetivo de preservar a região do Abaeté. “Não existe política de Estado e sim política de mercado”, reclamou Mucugê, referindo-se à participação majoritária do capital nas decisões políticas que interferem diretamente no meio ambiente.

Para o secretário estadual do Meio Ambiente, Juliano Matos, é importante destacar que “a luta pelo meio ambiente começa dentro da nossa própria casa”. Ele alertou ainda sobre a necessidade de se combater o consumismo, atitudes que contribuem para a degradação ambiental.

Quanto ao Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), importante instrumento de planejamento de atividades de ordenamento territorial, o secretário alegou que não há uma cartografia que permita executá-lo.

Encontros como esse, servem, segundo a coordenadora do projeto, Wlamyra Albuquerque, para a construção da própria memória. Os eventos são gravados, editados e arquivados. Na quinta-feira, participaram, os representantes de organizações como o Greenpeace, Onda Azul, o Centro de Arte do Meio Ambiente (Cama), o Grupo Ambientalista da Bahia (Gamba), entre outros.

O ciclo de conferências tem o propósito promover o debate sobre as trajetórias e as principais contribuições dos mais variados movimentos socialmente articulados da Bahia. Já foram abordados, os movimentos feminista, dos trabalhadores e dos povos indígenas. Até o final do ano serão debatidos, os dos sem teto (julho), comunitários e associações de bairro (agosto), GLBT (setembro), dos sem terra (outubro) e o negro (novembro).