A professora de Biologia Alda Lúcia de Oliveira, da rede estadual em Ubatã, no sul da Bahia, descobriu como aplicar seus conhecimentos em ecologia. Ao aderir ao Programa de Revitalização do Água Branquinha, ela vai passar a transmitir aos seus mil alunos lições sobre a realidade do principal manancial hídrico do município e como ajudar a reverter a degradação do rio.

Alda e mais de 50 professores de escolas nas zonas rural e urbana participaram do Curso de Educação Ambiental para Revitalização do Rio Água Branquinha, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), em parceria com a Embasa.

“A proposta é fazer de cada professor um agente multiplicador, capacitando os colegas, ensinando crianças e jovens a não poluir o rio, preservando-o”, explicou a coordenadora pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, Núbia Fernandes, que também participou do curso.

Para os cerca de 220 professores do ensino fundamental I (da 1ª à 4ª série), em Ubatã, está sendo elaborado um projeto sobre o conteúdo de educação ambiental ministrado. A coordenadora explicou que as crianças, principalmente na faixa dos 10 anos, são as maiores beneficiadas com a nova instrução recebida pelos professores, tornando-se agentes replicadores dentro de suas casas.

“Nessa faixa etária, as crianças usam a oralidade muito bem”, justificou Núbia. Sua idéia é realizar trabalhos dentro e fora das salas de aula, envolvendo os assuntos mais relevantes, como a importância da revitalização do Água Branquinha e da Bacia Hidrográfica do Rio de Contas.

Segundo dados da Diretoria Regional de Educação (Direc), ligada à Secretaria Estadual da Educação (SEC), Ubatã tem hoje cinco escolas dos ensinos fundamental II (da 5ª à 8ª série) e médio (do 1º ao 3º ano) da rede estadual. Na rede municipal, a cidade conta com 32 escolas, que atendem ao ensino fundamental I (da 1ª à 4 série). Escolas públicas e privadas, bem como a sociedade civil e comunidades tradicionais, formaram o público-alvo do curso.