Mackson Allan Silva Andrade, supostamente envolvido no assassinato do empresário Mohamed Ahmad Kadura, proprietário de supermercados no município de Taboão da Serra, em São Paulo, foi preso na cidade baiana de Firmino Alves, durante uma operação conjunta de policiais da 21ª Coordenadoria Regional de Polícia e do Setor de Investigações Gerais da Delegacia de Polícia de Taboão da Serra.

Charles Santos Rocha, apontado como o autor dos disparos que mataram o empresário, em 24 de maio, está foragido, mas seu filho, Charles Júnior, e um homem de prenome “Danilo”, também envolvidos no crime, foram presos nesta quinta-feira (26), em São Paulo.

Segundo o delegado Marcus Vinicius de Moraes Oliveira, coordenador da 21ª Coorpin, a captura de Mackson, na Bahia, foi em cumprimento a mandado de prisão temporária expedido pela Justiça, que também determinou a prisão de Charles Rocha, que encontra-se foragido. “Obtivemos informações, por meio de parentes de Charles, que ele esteve em Itapetinga, por volta do último dia 20, tomando destino ignorado”, disse o delegado, garantindo que policiais intensificaram as diligências para prendê-lo.

Ao ser interrogado pelo delegado Marcus e pelo delegado paulista Raul Godoy Neto, Mackson declarou que o desaparecimento de Mohamed foi uma tentativa frustrada de seqüestro, tendo Charles Santos Rocha matado a vítima, com a participação de seu filho e de “Danilo”.

Com base nas informações fornecidas por Mackson, a polícia localizou o corpo de Mohamed, enterrado nos fundos de um imóvel em construção em que ele trabalhava, na rua Felinto Muller, em Taboão da Serra. O corpo estava coberto por areia e uma camada de concreto para dificultar a visualização.

Contatos telefônicos

Em Taboão da Serra, a investigação policial se baseava no provável seqüestro do empresário. Posteriormente ao seu desaparecimento, por meio de dois contatos telefônicos, desconhecidos exigiram dinheiro da família para libertar a vitima, mas sem especificar o valor e o local para pagamento do resgate.
Tendo em vista a ausência de novos contatos telefônicos, a polícia de São Paulo passou a aventar, com base em informações colhidas em diligências de campo, a possibilidade do envolvimento de ex-funcionários de uma construção pertencente a Mohamed.

Ao constatar que dois dos funcionários da obra teriam deixado São Paulo e se dirigido para a cidade de Itapetinga, o delegado Raul Godoy Neto seguiu com sua equipe para a Bahia, tendo conseguido, com o apoio do coordenador da 21ª Coorpin e dos delegados baianos Antonio Roberto Gomes Silva Júnior e Irineu Alves Andrade, capturar Mackson, elucidando o homicídio.