Matéria publicada em 05/06/2008 – 10:05

Atualizada em 05/06/2008 – 17:32

Em operação iniciada hoje pela manhã, foi transferido o traficante Genílson Lino da Silva, também conhecido como Perna, para a Penitenciária Federal de Catanduvas. Ele saiu do Complexo Penitenciário dos Barris na manhã desta quinta-feira (5) em direção ao aeroporto. O traficante foi levado de avião para a cidade de Cantanduvas, no Paraná, esperado por um forte esquema de segurança.

Lá estão presos também os bandidos considerados mais perigosos do país: Fernandinho Beira-mar, Elias Maluco e o colombiano Juan Carlos Abadía. O número de policiais envolvidos na ação não foi divulgado, por medida de segurança. As informações são do delegado Nilton Tormes.

Transferência temporária

A transferência de Perna é temporária e tem prazo estipulado de 60 dias. Porém, de acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas, o promotor de Justiça Paulo Gomes, o Ministério Público vai protocolar ainda hoje um requerimento para que a vara de execuções penais providencie em cartório os documentos necessários e o s encaminhe para a Justiça Federal de Catanduvas.

A vaga destinada ao preso foi solicitada pelo Ministério Público do Estado da Bahia e concedida pelo Departamento Penitenciário Nacional desde o dia 29 de maio. A transferência dele, no entanto, foi autorizada nesta quarta-feira (4) pelo juiz da Seção de Execução Penal de Catanduvas, Danilo Pereira Júnior, em face de urgência.

Operação Big Bang

A polícia baiana desarticulou na segunda-feira (2) uma das maiores organizações criminosas do estado, envolvida em tráfico de drogas, homicídios, assaltos a bancos e seqüestros. Foram presos 26 integrantes da quadrilha, 13 em flagrante.

O líder da organização, o traficante Genilson Lima da Silva (o Perna), comandava o bando de dentro da Penitenciária Lemos de Brito, em Salvador, onde cumpria pena de 39 anos de prisão, por tráfico de drogas e assalto a bancos. Após cinco meses de uma operação sigilosa, os policiais atuaram também de surpresa na cela de Perna, onde recolheram seis celulares, armas, 7 kg de cocaína, crack e maconha, além de R$ 280 mil em dinheiro.

Na cela de Perna, foram encontrados ainda equipamentos que revelavam que ele vivia em condições especiais para um detento, como aparelho de um DVD, um televisor de plasma, duas geladeiras, uma cama de casal e aparelhos de ginástica. O Ministério Público também participou da operação batizada de Big Bang, que foi coordenada pela Superintendência de Inteligência da SSP, envolvendo no total cerca de 500 policiais, entre civis e militares.