Manifestações cívicas, políticas e de cidadania marcam o 2 de Julho

Depois da Alvorada, as comemorações ao Dois de Julho no Largo da Lapinha prosseguiram com o hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador e a entrega das flores do monumento em homenagem ao general Labatut. Com a presença do governador Jaques Wagner, do ministro interino da Cultura, Juca Ferreira, de secretários de estado, deputados e demais autoridades, o cortejo seguiu em desfile pelas ruas da Lapinha ao som do hino ao Dois de Julho, executado pela Banda da Polícia Militar.

Na frente, os carros com os caboclos, símbolos da história da Independência da Bahia, logo atrás, as autoridades e a população que seguiu por todo o desfile com manifestações de carinho, políticas e de cidadania. “As manifestações culturais e cívicas da Bahia impressionam por características marcantes de pura cidadania”, disse o ministro interino da Cultura, Juca Ferreira.

Nas ruas do Centro Histórico, as casas decoradas e as caracterizações dos personagens da história da Bahia chamavam a atenção de quem seguia o cortejo. “Essa é uma homenagem ao meu estado, tenho orgulho de ter nascido na Bahia”, justificou Andresa Soares, vestida de índia, um dos personagens da Independência da Bahia.

Durante o percurso manifestações políticas marcaram o desfile. O governador Jaques Wagner afirmou que o Dois de Julho é uma data política e, portanto, as manifestações devem existir. “Em ano de eleições municipais, os candidatos devem mesmo mostrar sua cara na rua, apresentar suas propostas e receber as manifestações da população”, garantiu.

Ao fim do desfile, as autoridades participaram da entrega dos prêmios do concurso de redação realizado pela Secretaria da Educação (SEC), no Terreiro de Jesus, que premiou os alunos das escolas das redes estadual e municipal do ensino médio e fundamental. Alunos de escolas dos municípios de Cachoeira, Brumado, Maragogipe e Salvador receberam aparelhos eletrônicos como câmeras fotográficas e aparelhos de MP4, das mãos do governador, da presidente das Voluntárias Sociais, Fátima Mendonça e do secretário da Educação, Adeum Sauer. As escolas também foram premiadas com mini-bibliotecas e computadores.

A população pôde acompanhar também no palco montado do Terreiro de Jesus, a apresentação da Orquestra Sinfônica Juvenil Dois de Julho, sob a regência do maestro Ricardo Castro. A orquestra, que apresentou, entre outras músicas, o Hino ao Dois de Julho, faz parte do Projeto Cultural e Educacional Neojibá, que prepara jovens para a carreira musical.

O governador comentou o significado do Dois de Julho para os baianos e ressaltou a mudança da sede do governo do estado para Cachoeira no último dia 25 de junho, como mais um marco na história da Bahia. “A transferência do governo para Cachoeira é o primeiro passo para transformarmos esse dia numa data histórica nacional”, garantiu. Wagner acrescentou ainda que existe uma semelhança entre a forma atual de governo e a história de luta da Independência da Bahia. “Existe uma sinergia entre a história da Independência da Bahia e o nosso jeito de governar, de fazer política, com luta, persistência e garra e isso se percebe durante o Dois de Julho”, afirmou o governador.