Além de promoverem um espaço para a discussão sobre o direito à informação, as plenárias territoriais da 1ª Conferência de Comunicação Social da Bahia servem de cenário para o trabalho de um grupo que tem muita disposição. São os chamados moderadores – um grupo de 30 servidores do Estado que faz a mediação dos debates e estimula a apresentação de propostas. Na plenária de Juazeiro, que está acontecendo hoje (19), eles estão mantendo o compromisso de contribuir para o bom andamento das discussões.

O trabalho dos moderadores não é de agora. Eles já são conhecidos desde o Plano Plurianual Participativo (PPA), cujas plenárias percorreram 17 cidades baianas no ano passado. Desde então, não houve mais descanso. Os moderadores participaram do Encontro pelas Águas, promovido pela Secretaria do Meio Ambiente, das conferências estaduais de Cultura, da Juventude, da Ciência e Tecnologia, dos Idosos e dos Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros (GLBT). Somente as plenárias da Juventude visitaram 22 lugares.

Antes de atuar como moderador de eventos como esses, o servidor passa por um processo de formação, aprendendo como lidar com o público e como abordar o assunto em questão. Para Fabiana Mattos, servidora da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, o trabalho de moderação está sendo gratificante. “Desde o PPA, ser moderadora me trouxe um grande crescimento pessoal e profissional. É muito bonito ver todo mundo participando na construção das políticas públicas”, definiu Fabiana.

Kátia Marilda, funcionária da Secretaria da Fazenda, tem opinião semelhante. “Para o Estado, esse é um processo sem volta, pois a sociedade deverá ser consultada para tudo o que for feito, o que evidencia a importância desses eventos e da nossa moderação”, destacou. O também moderador Danilo Uzêda, servidor da Secretaria do Planejamento, acredita que o Estado só tem a ganhar ao consultar a população. “E para tornar o processo ainda mais participativo, somos nós, os próprios servidores, que fazemos o intermédio da discussão entre o governo e o povo”, falou ele, acrescentando que o moderador não interfere na opinião do público, que tem o poder de expressá-la espontaneamente.