A terceira corrida da Independência da Bahia, apoiada pelo Governo do Estado, reuniu mais de mil e trezentos competidores de diversos Estados do Brasil, durante a manhã deste domingo (13). A prova de 20km em sistema de revezamento, dividido entre quartetos, masculinos, femininos ou mistos, teve largada na Codeba (Cidade Baixa), e seguiu com um percurso ao lado do Mercado Modelo, Elevador Lacerda e Bahia Marina. Foram distribuídos entre os vencedores mais de 20 mil reais em prêmios.

“Essa competição é amadora e profissional ao mesmo tempo, depende do objetivo dos corredores, alguns pretendem apenas concluir o percurso, mas outros vêm em busca do primeiro lugar. Essa corrida tem um nível técnico muito bom, não só em relação ás condições físicas dos participantes, mas no que se refere a tecnologia também. Além de gerar mão de obra temporária no turismo, na hotelaria e em outros setores” diz o Presidente da Federação Baiana de Atletismo, Og Robson Menezes.

Nos seguimentos quarteto masculino, dupla mista e dupla masculina, a equipe do CDC Jonas Felix conquistou o primeiro lugar. No quarteto misto e quarteto masculino, o clube que subiu ao lugar mais alto do podium foi o G DEZ/LCR. Cada integrante das equipes vencedoras recebeu R$ 1.500. Os segundos colocados ficarão com R$ 1.000 e os grupos que chegaram em terceiro lugar em cada categoria ganharam um prêmio de R$ 500. Além dessa premiação, todos os atletas que concluíram a prova receberam medalhas.

A exemplo das maiores provas de atletismo do Brasil, a Corrida da Independência investiu também em tecnologia. Pelo segundo ano, todos os atletas receberam um chip de identificação que monitorou a passagem pelo ponto de chegada, ultrapassado quatro vezes a cada 5km de percurso. A infra-estrutura da competição foi condizente com a tecnologia implantada, postos médicos, de fisioterapia e de massoterapia, além de três postos de hidratação, banheiros químicos, guarda-volumes e seguranças garantiram a organização do evento.

Uma das características diferenciais desse campeonato é reunir equipes oriundas de mais de vinte Clubes de Corrida, formados na maioria das vezes, a partir da iniciativa de pessoas comuns que mantém seus grupos, através de pequenos apoios de alguns associados e empresários que se sensibilizam com a situação financeira dos atletas.

“Existem atletas que não têm condições de pagar o transporte, comprar um tênis ou financiar passagens e hospedagens durante as viagens, para suprir essas necessidades utilizo a verba gerada, através da mensalidade de 40 reais paga por 23 integrantes do grupo. Quando esse dinheiro não é suficiente para suprir as necessidades de todos, a ajuda financeira parte das minhas economias pessoais’, ressalta o técnico do Clube J. C. Corb, José Carlos Jesus “Gugu”.

Para alguns clubes o objetivo de participar desse tipo de campeonato vai além da conquista da medalhas. “Na minha equipe têm 58 pessoas de diversas classes sociais e localidades com faixa etária entre 21 e 71 anos que treinam todos os dias no Campus da Ufba, em Ondina, muitos largaram o alcoolismo e melhoraram a saúde, através do exercício físico, essa inclusão social que nos impulsiona a superar os obstáculos e seguir em frente”, completa José Carlos.