Nestlé vai ampliar fábrica em Feira de Santana

Em um evento organizado pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB)-SP, para 400 empresários paulistas, nesta segunda-feira (14), em São Paulo (SP), o diretor de Marketing da Nestlé, Mário Castelar, encarregado da apresentação do governador Jaques Wagner, falou que a empresa prepara a ampliação da unidade de Feira de Santana, e conclamou o empresariado paulista a investir na Bahia. Ao apresentar Wagner à platéia, o diretor da Nestlé, o saudou como um "governador visionário, de um estado desenvolvimentista".

O governador falou por cerca de 20 minutos sobre as potencialidades da Bahia e conseguiu despertar o interesse de investidores de diversos segmentos, que tiveram a oportunidade de iniciar conversas diretamente com o próprio Wagner e com os secretários Ronald Lobato (Planejamento) e Antônio Matias, que substitui temporariamente Rafael Amoedo, da Indústria, Comércio e Mineração.

Jaques Wagner ressaltou a qualidade dos trabalhadores e trabalhadores baianos, destacada por grandes empresas como a Ford, cuja unidade de Camaçari registra as maiores médias de produtividade entre suas unidades espalhadas pelo mundo. “Em nosso conceito, governar é compartilhar o poder com a sociedade”, disse, sob aplausos da platéia, citando o portal Transparência Bahia e o projeto de criação da Controladoria Geral do Estado. Ele adiantou ainda mais uma inovação, com a breve divulgação, pela internet, dos contratos e convênios firmados pelo governo.

Além da transparência na gestão, o governador enfatizou ainda a clareza nos entendimentos com empresários interessado em investir na estado como marca do novo momento da vida baiana. Essas premissas, segundo ele, associadas às potencialidades econômicas, têm dado resultados que considera estimulantes: “batemos o recorde nas exportações, nossa economia cresceu 5,6% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado e estamos liderando a geração de empregos formais”. Ele enfatizou ainda as condições especiais do Programa acelera Bahia para investidores apostarem em projetos no semi-árido.

Wagner deu detalhes do Acelera Bahia e intervenções como a negociação com as indústrias do pólo de Camaçari que resultaram em alterações na tributação do setor. “Fizemos a primeira “mexida tributária” em 30 anos de atividades do Pólo, assim como, pela primeira vez, estamos intervindo na infra-estrutura viária daquele complexo industrial”, disse o governador, ao discorrer sobre os grandes projetos para eliminar os chamados “gargalos” para o desenvolvimento. Porto Sul, Ferrovia Oeste-leste, Complexo Viário 2 de Julho, nova pista do Aeroporto Internacional de Salvador, ampliação dos aeroportos de Porto Seguro e Ilhéus, recuperação da BR-324 e da BR-116, duplicação do terminal de conteiners do Porto de Salvador, foram exemplos destacados pelo governador.

Ao final, Wagner reiterou ser desnecessário qualquer tipo de intermediação para os interessados em investir na Bahia. “Temos um governo equilibrado do ponto de vista fiscal e trabalhamos para consolidar a marca Bahia como destino seguro para investir em qualquer segmento e nossas portas estão abertas para vocês que quiserem ser nossos parceiros”, concluiu.

Bahia, mercado em expansão

Uma hora antes do evento o governador, a pedido da ADVB, se reuniu com dez empresários, representantes de grandes grupos multinacionais, em sua maioria. Auxiliado pelos secretários Ronald Lobato e Antônio Matias, ele ouviu sinalizações entusiasmadas de empresários como Marcelo Schulman, presidente da Vitaderm, do ramo de cosméticos. “A Bahia é um mercado progressista, pujante e em expansão. Por isso, gostaríamos de discutir uma parceria porque queremos somar para dividir em benefício de todos”, disse Schulman.

Executivos dos segmentos de tecnologia da informação, turismo e hotelaria, geração de energia e serviços estreitaram as conversas com os secretários. A expectativa é que, desses contatos iniciais resulte uma agenda de trabalho capaz de gerar novos investimentos.

Segundo os empresários, o bom momento da economia baiana, as políticas de incentivo promovidas pelo governo estadual e os projetos de infra-estrutura incluídos no Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) do governo federal despertam interesse.